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quinta-feira, 13 de março de 2014

Análise Thief


"Thief" é o quarto jogo da famosa série de estratégia e stealth com o mesmo nome, porém serve como um 'reboot' da franquia. O game tem gênero de ação, aventura, pitadas de terror psicológico e claro, stealth. O título foi desenvolvido pela Eidos Montreal, em parceria com a Nixxes Software BV e publicado pela Square Enix. O jogo foi considerado um dos primeiros títulos de peso a chegar para a nova geração de consoles, porém vale lembrar que existem versões para os vídeo-games mais atuais e PC's


Info: 

"Thief" tem como protagonista um ladrão chamado Garret, que leva a sua vida no mundo obscuro do crime, fazendo serviços para o seu parceiro, Basso. O jogo começa com o personagem reencontrado uma velha companheira de missões, chamada Erin. Os dois decidem, naquela mesma noite, relembrar os velhos tempos, e procurar um alvo para roubo. 

Porém, ao longo desse caminho, Garret percebe que a sua amiga não é a mesma pessoa de antes, e consegue estar mais astuta e teimosa do que ele consegue se lembrar do passado. Nesse meio tempo, os dois acabam se estranhando ao longo da jornada, e juntos se deparam com um ritual, efetuado dentro da catedral da cidade. Justamente naquele palco, Garret mostra que roubou um aparelho de Erin, deixando-a furiosa. Os dois brigam, e Erin acaba caindo dentro da catedral, e exatamente em cima da força sobrenatural que se criava ali. Garret acorda e conversa com o seu amigo Basso, que lhe diz que se passaram um ano da morte de Erin e o seu desaparecimento. Agora o protagonista precisa de respostas, descobrir o que aconteceu com ele, com Erin, e qual era o motivo daquele ritual. 

História Interessante:

Só pela nossa "Info" já percebe-se que a história do jogo tem um conceito extramente interessante. Isso, de fato, é verdade, porém fazer uma história apenas interessante o tempo todo não é algo cativante, e o jogador acaba esperando que algo aconteça muito antes dele realmente acontecer. Outro fator, é que o game peca em uma característica especial, que iremos comentar mais a frente. 

O enredo tem um desenrolar legal, porém, tanto a jornada em si, quanto o final do jogo, não impressionam pelo resultado, além de várias sequências clichês de cinema que o título nos trás. Porém, vale lembrar, que o game acerta em aprofundar, quase o tempo todo, a dinâmica da vida de um ladrão, que dá o título do jogo. 

Thief trás um enredo, praticamente o tempo todo, interessante. 
O erro é que ele fica nessa característica a jogatina inteira, e não chega a impressionar o jogador

Gráficos Ótimos:

Se tem uma característica que não podemos reclamar no game, sem dúvida são os gráficos. Isso pois, além de excelentes por si mesmos, conseguem ter uma característica que muitos títulos não trazem: não existe uma gigantesca diferença entre computações gráficas e os gráficos verdadeiros do jogo. 

Quando você é cortado para uma 'cutscene', as "CG's" começaram a aparecer, e quando você saí dela, o gráfico é quase o mesmo, e não trás aquela sensação desapontante do "verdadeiro gráfico do game". Destaque também pelo excelente trabalho na modelagem dos cenários e vestimentas, lembrando que o jogo prefere trazer o lado realista em seus gráficos.

É nítida a vinda escolhida pelo jogo, de seguir o caminho realista em seus gráficos

Jogabilidade ao Estilo Viciante:

Talvez a característica que mais os produtores quiseram aprofundar no game, (independente se ela é boa ou não) é a jogabilidade. Isso fica em evidência no momento que decidiram focar essa característica no marketing do game, sempre tentando mostrar a jogabilidade e quão ágil, aparentemente, ela seria. 

É correto dizer que sim, a jogabilidade do jogo é bem feita e tem aquele estilo extremamente viciante. Vale lembrar, que um dos últimos títulos do mesmo gênero, que tinha esse vício estampado, era "Dishonored", game lançado em 2012. Voltando ao presente, "Thief" consegue ter aquela jogabilidade ágil, e sempre mostrando um estilo realista de jogatina. Isso sem dúvida é um fator bom, ainda que depois de um tempo, há uma certa sensação de enjoo na jogatina lenta. 


Garret pode, ao todo momento, correr, pular, correr desviando de obstáculos e claro, se abaixar (entrando assim no modo stealth). Quando neste modo, iremos atacar os inimigos por trás, em uma forma bem simples e não tão original, já vistas em outros games do mesmo gênero. Vale destaque a movimentação do jogo, que consegue estar bem calibrável para um game em primeira-pessoa. 

Confusão de Gêneros:

Lembra que anteriormente eu havia comentado que o enredo do game sofria com uma certa característica em especial? Pois então, eu estou falando da confusão de gêneros. Nas primeiras linhas desta análise vocês puderam perceber quantos diferentes gêneros o game possuí em sua ficha. 

O problema aqui, é que "Thief" foi lançado com um 'marketing' afirmando ser um título de stealth. Mas, acabaram não avisando que você também tomaria sustos no game, ou então iria explorar a "The City" tão dinamicamente, quanto um jogo de aventura. Isso prejudica muito o título, e acaba confundindo a mente do jogador. Mas, talvez você sinta-se a vontade com essa diversidade embolada. 

Tá Muito Escuro:

Sim, todos já sabiam que "Thief" seria um jogo com uma dinâmica e ambientação muito sombria, mas o que ao menos eu não esperava, era que nós devíamos bater de cara na parede dos cenários em meio à jogatina. A ambientação do jogo é tão escura, que o jogador acaba se perdendo em meio a nuvens negras. Sendo assim, fica o aviso: mudem suas preferências de brilho até o máximo possível, senão acabaram ficando tão perdidos quando as vítimas de Garret. 

Antecedentes Clássicos:

Talvez alguns não sabem, mas o nosso "Thief" de 2014, é um 'reboot' (ou seja, um recomeço) de uma das mais famosas franquia de stealth já existentes. Isso é um fato, pois o primeiro jogo, intitulado como "Thief: The Dark Project", lançado em 1998, é considerado o mentor dos games de stealth em primeira-pessoa, e o primeiro na história dos vídeo-games a usar essa característica. O game ainda ganhou mais duas sequências.

Sendo um sucesso, o primeiro "Thief" trouxe a sequela "Thief II: The Metal Age", lançado em 2000, que apesar de possuir poucas novidades, foi um estrondoso sucesso novamente. Por final, tínhamos "Thief: Deadly Shadows", trazendo como principal novidade o mundo livre na franquia, além da oportunidade de escolher a posição da câmera do jogador. Toda essa antecedente trilogia foi estrelada pelo protagonista Garret. Sendo três clássicos do gênero, a trilogia inicial de "Thief" são um daqueles jogos que devemos, sem dúvida, jogar antes de morrer. 

A trilogia inicial de "Thief" sempre foi um estrondoso sucesso

Garret - Um Protagonista Interessante:

Como vocês puderam perceber, "Garret" é o protagonista em todos os games relacionados a franquia "Thief", e sem dúvida, ao menos nos três jogos iniciais, ele fazia jus e criava um legado. Nós não podemos dizer que atualmente o personagem não o faz, até porque, Garret é, acima de tudo, um homem interessante e que faz a franquia ser o que ela é. 

De fato, falto um longo caminho até que ele vire um protagonista memorável no mundo dos games, mas ainda sim é um bom personagem. Destaque também pela ótima dublagem que o game trouxe a ele, no qual acabou combinando perfeitamente com o seu estilo. 

Garret é o protagonista de todos os games "Thief", e atualmente ele continua o seu legado

Vasta Interação com o Cenário:

"Thief" felizmente trás uma característica para jogatina, que sinceramente todos os games do mesmo gênero deveriam ter. Eu estou me referindo a gigantesca interação com o cenário ou ambientações a nossa volta. A todo momento podemos entrar em quartos, revistar armários, gavetas, apagar velas, tochas, se esconder dentro de certos móveis, abrir cofres e muito mais. 

A interação não acaba nunca, o que deixa o jogo com uma jogatina divertida, como já foi dito antes. Como já foi dito: é uma característica que todos games em stealth deveriam trazer, o que infelizmente não é a realidade. 

Ambientação Bonita, Porém Não Muito Fiel:

A ambientação de "Thief" é, acima de tudo, sombria e escura... muito escura. Mas, tirando isso, ela é muito bonita e de excelente qualidade. Isso de fato, falando no meio gráfico, pois se formos analisar a fidelidade da época com a vista do jogo, ela não é lá essas coisas. 

Evidencialmente inspirada em Londres do século XVIII, a "The City" tem um nível de detalhação gráfica enorme, mas a todo momento podemos ver falas de personagens abusando de famosos palavrões, como "fuck" ou "shit", o que nós sabemos que não era pronunciado naqueles tempos. Porém, na parte técnica, os cenários são de ótima qualidade. 

A ambientação é sim bonita, e muito... Porém a parte literária 
peca nas falas e linguagem dos personagens

Semelhanças à Parte:

Antes mesmo antes do lançamento do jogo, os fãs e diversos outros jogadores estavam atraindo brincadeiras sobre diversas semelhanças que o novo capítulo da franquia "Thief" tinha com o título de sucesso "Dishonored", lançado em 2012. Além dos gêneros principais serem os mesmos, 'stealth', o ambiente do jogo é muito semelhante, e até mesmo a modelagem de personagens secundários. 

Por exemplo, ambos os jogos apostam em cidades sombrias e que possuem uma doença rodando solta, além de personagens que aparecem poucas vezes no game, são usados para objetivos secundários, e seus estilos e aparências são idênticas. Além disso, os próprios protagonistas, Garret e Corvo, são bem parecidos fisicamente. Tudo com certeza passa de meras coincidências, mas que chega a ser algo, ao menos interessante, de fato é. 

Resultado Final:

Se formos comparar "Thief" como um legado para sua antecedente franquia, então o game é de excelente qualidade, pois continua com os mesmos sistemas e sem sofrer dos abusos de 'reboots'. Porém, se formos compará-lo como um novo game de 'stealth', ele não chega a ser considerado revolucionário, até porque, sua jogabilidade é boa, mas depois de um tempo pode-se enjoar, isso sem falar nos graves problemas da narrativa, que sofre com a mudança repentina de gênero. 

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Thief
Playstation 4 / Playstation 3 / Xbox One / Xbox 360 / PC
Fevereiro de 2014

"Thief" é o quarto jogo da famosa série de estratégia e stealth com o mesmo nome, porém serve como um 'reboot' da franquia. O game tem gênero de ação, aventura, pitadas de terror psicológico e claro, stealth. O título foi desenvolvido pela Eidos Montreal, em parceria com a Nixxes Software BV e publicado pela Square Enix. O jogo foi considerado um dos primeiros títulos de peso a chegar para a nova geração de consoles, porém vale lembrar que existem versões para os vídeo-games mais atuais e PC's. 

Enredo: "Thief" tem como protagonista um ladrão chamado Garret, que leva a sua vida neste mundo obscuro do crime, fazendo serviços para o seu parceiro, Basso. O jogo começa com o personagem reencontrado uma velha companheira de missões, chamada Erin. Os dois decidem, naquela mesma noite, relembrar os velhos tempos, e procurar um alvo para roubo. 
Porém, ao longo desse caminho, Garret percebe que a sua amiga não é a mesma pessoa de antes, e consegue estar mais astuta e teimosa do que ele consegue se lembrar do passado. Nesse meio tempo, os dois acabam se estranhando ao longo da jornada, e juntos se deparam com um ritual, efetuado dentro da catedral da cidade. Justamente naquele palco, Garret mostra que roubou um aparelho de Erin, deixando-a furiosa. Os dois brigam, e Erin acaba caindo dentro da catedral, e exatamente em cima da força sobrenatural que se criava ali. Garret acorda e conversa com o seu amigo Basso, que lhe diz que se passaram um ano da morte de Erin e o seu desaparecimento. Agora o protagonista precisa de respostas, descobrir o que aconteceu com ele, com Erin, e qual era o motivo daquele ritual. 

Nota: 7,8

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~Lolo GM

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