Anuncio !

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Análise Dying Light


"Dying Light" é um game de survival-horror, com elementos de RPG, desenvolvido pela "Techland" e publicado pela "Warner Bros. Interactive Entertainment". Foi lançado exclusivamente para consoles da nova geração, dentre eles Playstation 4, Xbox One e PC em 27 de janeiro de 2015. 

Info:

O jogo se passa na cidade fictícia de Harran, baseada na antiga Turquia. O protagonista é Kyle Crane, um agente do governo disfarçado, que foi enviado à cidade para achar Kadir "Rais" Suleiman, uma figura política desonesta que possuí arquivos para arruinar sua agência. Mas, chegando na cidade, ele percebe o caos e desespero que toma conta dos sobreviventes, e terá de efetuar escolhas para ajudá-los ou seguir com sua missão. 

Enredo Interessante, Porém Excessivamente Linear:

De início, podemos ter uma ideia que o enredo de "Dying Light" não irá ser dos mais impressionantes e elaborados que existem no mercado, mas, de certa maneira, ele é melhor do que parece. Grande parte dessa qualidade se dá pelo protagonista, Kyle Crane, que possuí uma presença de espírito muito boa ao longo do desenrolar da trama. Outros personagens não ganham tanto destaque, porém o vilão Kadir Rais relembra bastante figuras icônicas de outros universos apocalípticos, como o "Governador" de "The Walking Dead", que é uma empreitada muito boa do jogo. 

Porém, o game se perde no momento que indica que diversas escolhas serão traçadas para o caminho de Crane, quando na verdade o enredo é totalmente linear. Tudo é retratado de acordo com um 'script', e muitas vezes situações clichês e bem previsíveis ocorreram. Porém, apesar de tudo, é um enredo que agrada mais do que o prometido, ainda que esteja longe de ser espetacular. 

O enredo de "Dying Light" é mais interessante do que aparenta, 
porém peca no excesso de clichês e uma trama exageradamente linear

Gráficos Lindos, Porém...

Ao sair do tutorial de "Dying Light" e finalmente adentrar na liberdade expansiva de Harran, a sensação que o jogador esbanja é de gratificação. Isso pois, ao olhar o potencial gráfico do jogo, com os mínimos detalhes de vegetação, locomoção do vento e objetos, sentimos uma verdadeira nova geração. Portanto, os gráficos de "Dying Light" podem sim ser considerados excelentes.

Porém, como nem tudo é perfeito, a mesma qualidade não se encaixa no trabalho dos personagens. As expressões faciais (principalmente dos humanos, levando em conta que a dos zumbis é bem feita) é desencaixada e não trás a sensação de sequer estarem vivos. Sendo assim, os produtores decidiram focar suas atenções nos detalhes dos cenários, e deixaram de lado o trabalho com as expressões faciais. 

Os gráficos de "Dying Light" são excelentes, mas as expressões 
faciais dos personagens (geralmente humanos) deixa a desejar

Jogabilidade Frenética e Calibrada:

Usufruir da mecânica do 'parkour' nos jogos é uma tarefa arriscada. Existem títulos que se saíram muito bem na empreitada (como a franquia "Assassin's Creed" e o ótimo "Mirror's Edge"), e outros títulos que escorregam de leve (menção para "inFamous"). No caso de "Dying Light", as mecânicas são muito bem calibradas (claro que não tão precisas quanto os movimentos da belíssima Faith), mas proporcionam uma sensação frenética muito gratificante. 

O fato de podermos nos agarrar em vários objetos com o intuito de fugirmos de uma horda de zumbis é muito divertido, e a eficácia da jogabilidade não deixa a ação acabar, fazendo com que os controles respondam bem ao jogador. A câmera é posicionada em primeira-pessoa, mas podemos enxergar as partes do nosso corpo olhando para baixo, o que sempre é um ótimo acrescentamento. 

A jogabilidade "Dying Light" é frenética e calibrada, pois os 
controles respondem bem à ações imediatas

Sistema de Dia-Noite - Original e Aterrorizante:

Talvez o maior 'marketing' de "Dying Light" tenha sido feito em cima do seu sistema de "Dia-Noite". Este, no caso, refere-se ao fato de que durante o dia os zumbis estão calmos e burros, que é a hora para você procurar por suprimentos e items. Já de noite, os zumbis estão MUITO mais rápidos e novas espécies começam a surgir. 

Além de original, esse sistema criado pela "Techland" é extremamente aterrorizante. Não é surpresa para ninguém que hoje em dia zumbis não causam mais medo. Porém, se você se encontra numa situação em que está sozinho, sem enxergar muito e com pouquíssimas peças para arrumar suas armas... dai a história é outra. E justamente isso que "Dying Light" proporciona, um aflito em passar por tal situação. Sem dúvida uma das melhores empreitadas do jogo. 

Infectados - Não Muito Inovadores, Mas Bem Marcantes:

"Dying Light" apresenta uma variedade muito grande de zumbis, dividimos por categorias e nomes. No geral, eles apresentam grande impacto sobre a jogatina, levando em conta que são bem diferenciados entre si. Porém, seus nomes e principais os efeitos que eles causam sobre o jogador não são dos mais originais. 

O jogo subdivide seus infectados zumbis em duas categorias: comuns e não-comuns. Os comuns são os "Biter" (indivíduos lentos e burros, mais frequentes durante a jogatina), "Gas Tanks" (iguais aos anteriores, porém com roupas radioativas que podem ser usadas contra multidões) e os "Viral" (iguais aos "Biters", porém mais rápidos e que possuem a habilidade de subir escalações). 

Dos infectados não comuns, temos os seguintes: "Bolter" (achado apenas à noite, possuí boletas verdes que esbanja ao chegarem perto), "Bomber" (quando vê um humano, tenta ao máximo chegar perto dele e implodir), "Demolisher" (fisicamente o mais forte, com o poder de inclusive derrubar as paredes), "Goon" (possuí um martelo gigante, porém é mais lento que os infectados comuns), "Screamer" (solta um grito que atordoa o jogador e atraí outros zumbis para o local), "Toad" (capaz de soltar um ácido contra o jogador) e por fim os temíveis "Volatile" (possuem diversas habilidades e são apenas vistos à noite, capazes de atordoar o jogador e só podem ser evitados se você fugir ou atingi-los com luz ultravioleta).

Os bizarros Infectados do jogo

Ótima Interação com o Cenário:

"Dying Light" possuí alguns elementos de RPG. Dito isso, uma das características que prova este fator, é que o game lhe proporciona uma imensa interação com o cenário. De mexer em armários à procura de suplementos ou simplesmente tentar abrir portas para adentrar em diferentes locais. Vários fatores de interação estarão presentes durante o progresso da campanha, até porque a busca por items é um fator essencial para se sobreviver em Harran. 

Boa Variedade de Armas:

Assim como o decepcionante "Dead Island" (pelo qual os produtores são os mesmos), "Dying Light" apresenta uma expansiva variedade de armas. Como era de se esperar, o combate do jogo contra a maioria dos zumbis é feito com armas brancas. Porém, as mesmas são especiais. Você pode criá-las com as combinações que desejar, acrescentar habilidades (como choque ou gelo) ou ainda aplicar diferentes utensílios (como pregos extras) na mesma arma. 

Como é de se perceber, a variedade de personalização torna-se em bons momentos gastos criando-se estratégias. Porém, há ainda uma cota de armas de fogo, pouco usadas na jogatina, mas evidentemente benéficas. Você geralmente as usa contra humanos (também armados) ou zumbis não-comuns, que podem-lhe dar mais trabalho.

Existe uma boa variedade de armas no jogo, brancas e de fogo, 
sem contar nas diversas opções de personalização

Inteligência Artificial Dividida:

Em games pelo qual o combate contra dezenas de inimigos é abordado, obviamente torna-se necessário a presença de uma boa inteligência artificial. Nisso, "Dying Light" divide-se. Basicamente, temos os adversários zumbis e humanos. É bem simples! A inteligência dos zumbis é limitada, pois eles são burros, lentos e não fazem estratégias. Isso é aceitável, até porque zumbis são assim. Já os humanos, constantemente na jogatina apresentam travamentos estranhos e fazem movimentos bizarros contra o jogador. Portanto, a IA deles está longe de ser perfeita. Entendeu a divisão?

Co-op Sem Brilho:

"Dying Light" é, para alegria de alguns e tristeza de outros, mais um daqueles games feitos especialmente para serem jogados em cooperativo, ou seja, com mais pessoas ao seu lado. Dito isso, o título da "Techland" peca em não trazer nenhuma novidade no quesito, além de ser exageradamente simples. 

Inclusive, quando estamos na presença de outros jogadores, eles também serão um Kyle Crane, o que é bem bizarro. Nem "Dead Island", evidentemente inferior, pecou nesse quesito, e trouxe fichas e personalidades para seus 4 protagonistas. É um co-op decepcionante, pela excessiva simplicidade. 

O co-op de "Dying Light" é simplista e sem novidades, porém 
continua sendo a melhor opção para amenizar a dificuldade do jogo

Modo Zumbi - Interessante, Porém Nada Inovador:

Os produtores de "Dying Light" resolveram adiar o jogo no ano de 2014 para o começo de 2015, tendo em vista que eles acrescentariam um novo modo para a jogatina. Este, por sua vez, é o "Modo Zumbi". Como já é óbvio, trata-se de controlarmos um zumbi na cidade de Harran. Trata-se do "Screamer", e suas habilidades são bastante empolgantes. Ele corre muito mais rápido, grita para identificar humanos no local e usa tentáculos para se grudar.

O objetivo é acharmos outros jogadores humanos e invadirmos o jogo deles. Simplesmente isso... Como é de se perceber, o modo não tenta inovar muito, mas vale pela intenção dos produtores em trazerem algo diferenciado na jogatina. 

O "Modo Zumbi" do jogo até diverte, mas está longe de ser inovador

Resultado Final:

Acima de tudo, "Dying Light" é uma grata surpresa. Várias pessoas estavam ansiosas pelo game, mas não esperavam tamanha qualidade vindo da "Techland", que não tem um dos melhores currículos. O jogo não é apenas mais um "Dead Island", pois mesmo trazendo várias mecânicas do anterior, inova ao apresentar uma jogabilidade de 'parkour' equilibrada e viciante. 

A história, apesar de trazer momentos clichês e previsíveis, introduz também bons personagens, com destaque para o protagonista e antagonista da trama. Os gráficos estão lindíssimos, destaque para a ambientação magnífica do jogo, que é um festival de detalhes. Já as expressões faciais deixam à desejar, mas nada que estrague o potencial do game nesse quesito. Dentre as outras características, "Dying Light" trás um excelente sistema de "dia-noite", original e assustador na mesma medida. É uma grata surpresa, que pode proporcionar boas horas de diversão. 

__________________________________________________________________


Dying Light
PS4 / Xbox One / PC
Janeiro de 2015

"Dying Light" é um game de survival-horror, com elementos de RPG, desenvolvido pela "Techland" e publicado pela "Warner Bros. Interactive Entertainment". Foi lançado exclusivamente para consoles da nova geração, dentre eles Playstation 4, Xbox One e PC em 27 de janeiro de 2015. 

Enredo: o jogo se passa na cidade fictícia de Harran, baseada na antiga Turquia. O protagonista é Kyle Crane, um agente do governo disfarçado, que foi enviado à cidade para achar Kadir "Rais" Suleiman, uma figura política desonesta que possuí arquivos para arruinar sua agência. Mas, chegando na cidade, ele percebe o caos e desespero que toma conta dos sobreviventes, e terá de efetuar escolhas para ajudá-los ou seguir com sua missão. 

Nota: 8,5

__________________________________________________________________


~Lolo GM

Nenhum comentário:

Postar um comentário