"Far Cry 4" é um jogo de FPS (first person shooter) e ação-aventura, desenvolvido pela "Ubisoft Montreal" e publicado pela "Ubisoft", sendo o 4° capítulo principal da franquia "Far Cry", iniciada em 2004. O game possuí versões para a maioria das principais plataformas, dentre elas Playstation 4, Playstation 3, Xbox One, Xbox 360 e PC.
O jogo conta a trajetória de Ajay Ghale, filho de Ishwari e Mohan Ghale. O seu pai era o líder de uma rebelião contra o governo monárquico de Pagan Min em Kyrat, denominado "O Caminho Dourado". Porém, uma tragédia ascendeu na família Ghale, e Ajay, com apenas 3 anos de idade, foi morar com a sua mãe na América. O rapaz então cresceu com costumes americanos e sabia apenas de histórias e lendas sobre o resto de sua família.
Muitos anos se passaram, e Ishwari teve um câncer terminal. A última conversa que ela teve com o seu filho foi sobre as belezas de Kyrat, e no quanto ela gostaria de voltar para aquele lugar. Como último pedido, Ishwari queria que Ajay a levasse de volta para a capela de "Lakshmana", uma pessoa até então desconhecida, mas que havia igualmente morrido. Ajay é decidido de cumprir o objetivo de sua mãe, mas ao chegar em Kyrat descobre uma nação que continua em guerra, pelos mesmos motivos e razões.
Enredo Fraquinho:
A premissa de "Far Cry 4" já não é das melhores... Não digo que não seja original, mas não é muito animadora. A história foca em um enredo teoricamente decepcionante, principalmente pelo fato de fatores inexplicáveis e personagens absurdamente esquecíveis. Um dos fatos inexplicáveis no qual me refiro é de que o protagonista, Ajay Ghale, automaticamente entra no meio da guerra civil de Kyrat, sem perguntas do por quê ou o motivo dele ter de sair de sua vida para estar ali. Isso sem contar que TODAS as ações para fortalecer a rebelião são feitas apenas pelo personagem, e aquela pergunta fica no ar: "aonde se encaixa todos os outros soldados nessa situação? Por quê eles não estão aqui combatendo centenas de inimigos junto comigo?".
O outro fator que enfraquece a história, e dessa vez é a principal característica, é a falta de personagens interessantes. Isso chega até a ser algo curioso, pois em "Far Cry 3" o que não se faltava eram memoráveis protagonistas e antagonistas. No caso de "Far Cry 4", praticamente todos os personagens são irritantes e forçados, desde o protagonista Ajay Ghale, até os membros do "Caminho Dourado", Amita e Sabal.
Mas, caso você esteja se perguntando, aonde entra o vilão Pagan Min nessa história? De longe, o personagem é o mais memorável, e mostra que a Ubisoft sabe fazer vilões. Não, ele não é tão marcante quanto o enigmático e sádico Vaas, de "Far Cry 3", mas nos poucos momentos em que ele aparece, com certeza rouba a cena.
"Far Cry 4" peca no enredo, principalmente por fatores inexplicavelmente
maus feitos e personagens esquecíveis. Claro, o vilão Pagan Min se salva nessa lista
Gráficos Excelentes:
No momento que você acorda em Kyrat pela primeira vez, a beleza do local é realmente escandalosa. Isso tudo se dá a um excelente trabalho gráfico da Ubisoft Montreal, que proporciona não só lindíssimos cenários, mas também uma das melhores ambientações já vistas em um vídeo-game. É tudo muito belo, desde árvores até os diferentes tipos de vegetação.
Em relação à expressões faciais, "Far Cry" é uma série que se mostra um pouco atrasada. No terceiro capítulo da franquia os gráficos nessa característica já não eram dos melhores, e apesar de "Far Cry 4" ter melhorado muito, ainda não são os melhores do mercado, nem perto disso. O gráfico vale mesmo pelo trabalho no cenário e ambientações.
"Far Cry 4" apresenta gráficos exuberantes, principalmente
em relação ao seu cenário
Jogabilidade no Mais do Mesmo:
Como todos já sabem, a Ubisoft gosta de reaproveitar suas engines de jogabilidade ao máximo. Com a maioria dos "Assassin's Creed" é assim... Pois então, "Far Cry 3" havia trazido uma nova jogabilidade renovada e muito realista. A Ubisoft apenas retirou essas novidades e trouxe para o mais novo jogo da série. Ou seja, em relação a jogabilidade, o jogo é "mais do mesmo".
Claro, existem novidades, mas não são muitas. O acréscimo do rapel para subir mais rapidamente em montanhas e pedras é divertido, além de que agora podemos atirar de dentro do veículo, isso sem falar na possibilidade de controlarmos um elefante e destruirmos fortes inimigos. Essa, sem dúvida, é a maior novidade. Mas, aí que está o problema: não passa disso!
A jogabilidade de "Far Cry 4" é a mesma do game anterior, com mínimas novidades.
O acréscimo de controlarmos um elefante é o grande atrativo,
mas ainda não carrega o fato de não termos grandes surpresas
Mapa GIGANTESCO:
Um mapa gigantesco não é necessariamente uma característica obrigatória em todos os jogos, mas sem dúvida é sempre bem vinda. "Far Cry 4" nôs proporciona uma liberdade MUITO grande, e o mapa de Kyrat possuí proporções gigantescas. A ilha do game anterior também era muito grande, mas o novo cenário é ainda maior. Existe uma variedade muito grande de locais, animais e principalmente de floras.
Isso é algo tão extenso que comentaremos mais aprofundando em breve. Vale lembrar também que o jogo trás de volta as já conhecidas torres de sincronização. Porém, o objetivo aqui é diferente, pois ao topo da torre teremos que destruir os sinais de rádio da região, e assim as influências de Pagan Min serão evitadas. Ainda assim, esses objetivos de conhecer o mapa sem a presença de nuvens já foi apresentada várias vezes aos jogadores, e a originalidade mais uma vez não bateu a porta.
Variedade de Missões, Porém...
No game, praticamente TODAS as missões apresentam uma variedade de objetivos muito grandes entre si. Isso é algo muito importante em um game, pois além do nível de diversão ser muito maior, dificilmente o jogo fica enjoativo. Quando percebemos, em uma missão estamos nas nevascas do Himalaia (que por sinal são muito legais e desafiadoras) e na outra estamos sobre o efeito de alguma droga matando monstros imaginários no bizarro mundo de Shangri-la.
Porém, o jogo peca no momento que algumas das missões são famosas "copiadas e coladas" de "Far Cry 3". "Tá, eu já queimei uma plantação de maconha no jogo anterior, é realmente necessário que eu queime uma plantação de ópio agora?". São momentos de puro 'Dejá Vu' que ficam nitidamente no jogador.
Extenso Arsenal de Armas:
O que já não faltava em "Far Cry 3" era um arsenal extenso de armas, mas desta vez, em "Far Cry 4", temos uma pequena evolução nesse quesito. Isso pois, além de possuir praticamente todos os tipos de armas existentes (desde pistolas até bazucas), o jogo também trás consigo uma extensa variedade no número dessas armas. Com isso, existem cerca de 10 tipos de diferentes pistolas, metralhadoras, submetralhadoras, rifles, armas pesadas e outras exclusivamente 'stealths', como o arco. Isso tudo sem mencionar que podemos customizar TUDO com melhorias, colorações, dentre outras.
A variedade de armas em "Far Cry 4" é realmente muito grande
Pouca Diversidade de Veículos:
Veículos são fatores essenciais para a nossa jogatina em "Far Cry 4", graças ao extenso mapa que nos é apresentado. Sendo assim, uma maior crítica em relação a diversidade desses veículos fica no ar, e os de "Far Cry 4" são muitas vezes os mesmos. No geral, existem cerca de 5 veículos terrestres, 4 marítimos e apenas 1 aéreo, o "Buzzer", que apesar de ser divertido, a vontade de pilotarmos um avião é muito grande à todo momento (e o pior é que existem aviões no jogo, apenas não podemos controlá-los).
Animais Diferenciados:
A diversidade de animais no jogo é, além de muito grande, diferenciada. Eu digo diferenciada em relação à "Far Cry 3". Existem sim alguns animais que já eram conhecidos no game anterior, mas muitos deles são novos. Agora temos lobos, tigres (até os bracos, exclusivos das regiões de Shangri-la), rinocerontes (bem legais por sinal), veados, macacos e claro, elefantes. Existem muitos outros, mas os principais talvez sejam esses. O mais engraçado é que simples animais irão tentar lhe matar à todo custo, como águias e texugos.
A diversidade de animais no jogo é muito grande, e bem diferenciada de "Far Cry 3"
Duração Extensa:
É impressionante, pois apesar de a "Ubisoft" ser a empresa mais careira no mercado de jogos (por lançar títulos toda hora e com os preços mais elevados em redes como a Steam), ela também é a que apresenta mais conteúdo. A duração da campanha principal de "Far Cry 4" é muito grande, e lhe renderá boas horas de diversão. Isso tudo se prolongará ainda mais com as DEZENAS de objetivos secundários, que podem facilmente alcançar as centésimas horas de diversão. Parece até mesmo um RPG, pois conteúdo é o que não falta.
Dificuldade Desafiadora:
Um dos maiores problemas de jogos de FPS's modernos são, sem dúvida, a baixíssima dificuldade no qual eles apresentam ao jogador. "Far Cry 4" proporciona mudar essa característica, no momento em que a grande maioria de suas missões principais são bem desafiadoras. Seja por falta de seringas, falta de munição ou por simplesmente uma aproximação silenciosa ter dado errado, a missão inteira acaba sendo desmoronada, e lá vai você tentar novamente através do 'checkpoint'. É, acima de tudo, um ótimo desafio, e quem gosta desse tipo de jogo não irá se decepcionar com "Far Cry 4".
Dublagem Ruim:
Nos dias de hoje, chega a ser difícil um jogo ter uma dublagem original ruim. Mas, esse infelizmente é o caso de "Far Cry 4", no momento em que quase todas as vozes são forçadas e sem o mínimo de aperfeiçoamento. Chega a ser estranho, pois temos nomes como Troy Baker no elenco, mas o problema é que ele faz apenas 1 personagem (o mais carismático da trama, Pagan Min). Em relação à dublagem brasileira, ela está surpreendentemente melhor que a original, pois as vozes parecem que combinaram mais e estão mais naturais com seus personagens. Talvez apenas falte um pouco mais de sincronização, mas comparado ao desastre original, vale muito mais a pena jogar dublado.
Co-op Divertido, Multiplayer Ruim:
É evidente que o grande destaque da Ubisoft para uma experiência multiplayer no game seria o enfoque do cooperativo entre dois jogadores. Esse, felizmente, é bem divertido e ajuda em muitas vezes a amenizar a alta dificuldade que existe em capturar Fortalezes e Bases. Porém, já no outro lado da história, o multiplayer aberto do jogo é realmente ruim.
"Far Cry 3" já tinha um dispensável multiplayer, mas o novo game consegue ter um modo pior ainda. Com duas "facções", uma com poderes sobrenaturais e outros com a tecnologia, 5 jogadores de cada time são simplesmente jogados em um cenário absurdamente grande, o que deixa o jogador perdido e sem encontrar outro oponente. É um modo vergonhoso!
O multiplayer cooperativo do game é bem divertido, e ajuda a aliviar a dificuldade
do game. Porém, por outro lado, o multiplayer aberto do jogo é um desastre
Resultado Final:
Por fim, vale ressaltar que "Far Cry 4" não é um jogo espetacular, e definitivamente é inferior ao seu antecessor. Isso se justifica por trazer um enredo muito fraco e sem bons personagens, além da jogabilidade extremamente idêntica à de "Far Cry 3", lançado a dois anos atrás. Ela continua sendo muito bem feita, mas a falta de inovações irrita aos olhares mais críticos.
Ainda assim, o jogo trás consigo gráficos exuberantes, uma Kyrat mais divertida e bem feita que a ilha do jogo anterior, além do tamanho do mapa e o que ele tem à lhe oferecer, que renderá dezenas e mais dezenas de horas de jogatina. As missões do jogo são bem diversificadas, o que dificilmente irá fazer você se enjoar. O co-op do jogo é divertido (mas nem um pouco inovador), porém o multiplayer aberto é absurdamente ruim. No geral, o jogo peca pela falta de novidades, mas ainda assim é uma experiência boa, ainda que inferior à antecessora, vista dois anos atrás.
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Far Cry 4
PS4 / PS3 / Xbox One / Xbox 360 / PC
Novembro de 2014
"Far Cry 4" é um jogo de FPS (first person shooter) e ação-aventura, desenvolvido pela "Ubisoft Montreal" e publicado pela "Ubisoft", sendo o 4° capítulo principal da franquia "Far Cry", iniciada em 2004. O game possuí versões para a maioria das principais plataformas, dentre elas Playstation 4, Playstation 3, Xbox One, Xbox 360 e PC.
Enredo: O jogo conta a trajetória de Ajay Ghale, filho de Ishwari e Mohan Ghale. O seu pai era o líder de uma rebelião contra o governo monárquico de Pagan Min em Kyrat, denominado "O Caminho Dourado". Porém, uma tragédia ascendeu na família Ghale, e Ajay, com apenas 3 anos de idade, foi morar com a sua mãe na América. O rapaz então cresceu com costumes americanos e sabia apenas de histórias e lendas sobre o resto de sua família. Muitos anos se passaram, e Ishwari teve um câncer terminal. A última conversa que ela teve com o seu filho foi sobre as belezas de Kyrat, e no quanto ela gostaria de voltar para aquele lugar. Como último pedido, Ishwari queria que Ajay a levasse de volta para a capela de "Lakshmana", uma pessoa até então desconhecida, mas que havia igualmente morrido. Ajay é decidido de cumprir o objetivo de sua mãe, mas ao chegar em Kyrat descobre uma nação que continua em guerra, pelos mesmos motivos e razões.
Nota: 8,2
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~Lolo GM
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