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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Análise Ryse: Son of Rome


"Ryse: Son of Rome" é um dos primeiros games da nova geração de consoles, vindo exclusivamente para a máquina da Microsoft, o novo "Xbox One". O jogo é feito em terceira-pessoa, com gênero de ação-aventura e elementos frequentes de 'hack and slash'. O título foi desenvolvido pela Crytek e publicado pela Microsoft Studios. Foi lançado no dia 22 de novembro de 2013 no mundo todo, juntamente com o lançamento do novo console da empresa publicadora.


Info:

O jogo começa com o nosso protagonista, Marius Titus, defendendo um ataque bárbaro na cidade de Roma, ao mesmo tempo que possuí a tarefa de colocar o Imperador Nero, em algum lugar seguro do seu reino. Quando Marius consegue completar esse objetivo, ele começa a contar uma história ao seu Imperador, e assim nós descobrimos vários fatores do passado do nosso protagonista. Dentre os fatos, a morte de sua família, pelas mãos dos Bárbaros, o que o fez jurar o maior número possível de mortes desse povo. Isso irá gerar revelações e reviravoltas que muitos personagens não esperavam.

História Interessante, Porém Óbvia:

Realmente a história do game é muito interessante, chega sim ter um conceito histórico original no mundo dos jogos, o que a faz ter muita qualidade. Porém, falta muito para este enredo ser perfeito. Primeiro, pelo seu desenrolar extremamente óbvio e completamente previsível. Segundo, por ter uma ambientação muito favorável mas não conseguir aproveitar tanto seus personagens. 

Mas, acima de tudo, é uma história que lhe deixa interessado, aflito em alguns momentos, mas que talvez poderia ter uma qualidade mais aperfeiçoada. Vale ressaltar também a completa inspiração em filmes hollywoodianos muito aclamados pela crítica, porém, o também defeito de deixar tudo muito parecido entre os desenrolares de todas as tramas, o que podia inclusive fazer com que o game fosse acusado de plágio.

O enredo de "Ryse: Son of Rome" realmente é interessante, 
mas poderia ser mais bem aproveitado

Gráficos Magníficos:

Desde seu anunciamento, o fato que mais era certo por parte de "Ryse: Son of Rome", seria de que o título seria o primeiro a justificar a sua compra de um console da nova geração, ao menos pelos seus gráficos apresentados. De fato, isso é verdade. Os gráficos de "Ryse" são simplesmente incríveis, sensacionais, magníficos... E não, eu não digo isso por impulso, mas sim pois, qualquer pessoa que tenha uma experiência ao viva do jogo, terá uma sensação de que o futuro está ali, e de que você está assistindo a um filme. 

Porém, a afirmação de que o game seria a razão para comprar um console da nova geração ainda é falsa, pois gráficos ainda são o único destaque do título, e todos nós sabemos que gráficos não fazem um jogo. Mas ainda sim, talvez seja o primeiro game que justifica um salto significante da nova geração de consoles. 

"Ryse" sem dúvida possuí o seu maior destaque 
nos gráficos, que são mais que magníficos

Jogabilidade Realista, Porém Repetitiva Demais:

Assim como os gráficos, a jogabilidade de "Ryse" tinha tudo para dar certo. Porém, os produtores não souberam aperfeiçoar a sua quantidade. Isso pois, tudo é muito repetitivo, principalmente os combates. Mas antes, vamos explicar o sistema do jogo. O game segue vários fatores de 'hack and slash', sendo assim, a ação frenética é característica certa. Ou seja, enfrentamos diversos inimigos o tempo todo. 

Nessa hora hora que o combate começa. O sistema funciona no famoso atacar e contra-atacar, e não sai muito disso. Existem também combos, porém servem mais para uma curta cena sangrenta da morte de seu inimigo. O que acontece de desvalorização aqui são as poucas mudanças de golpes contra os seus inimigos, o que faz, depois de um tempo, com que o jogador fique enjoado dos sempre mesmos movimentos do protagonista. Na movimentação pelo menos não temos o que reclamar, que apesar de mesma quase sempre, é realmente bem feita. 

Apesar de bem feito, o combate de "Ryse" realmente é enjoativo pela falta 
de alteração de movimentos do protagonista

Quase Enjoativo:

É por pouco, mas "Ryse" consegue se salvar de ser enjoativo, porém para isso ele abre mão de outra característica positiva: uma boa duração. Graças a apresentar um sistema de combate pouco variado e altos elementos de 'hack and slash', o jogo acaba por optar a ter no máximo 4 horas de jogo. 

Sim, isso é vergonhoso para um game de tal gênero, até porque, nos dias de hoje não deveriam existir jogos com tão pouco duração de jogatina, isso sem dúvida é coisa do passado. Mas é fato, "Ryse" optou a ter uma baixíssima duração por saber que o jogo não teria tantos movimentos e variações na jogabilidade. Decepcionante, realmente...

Bela Retratação dos Cenários:

Ao menos um ponto positivo do game que novamente vem favorável graças a imensa qualidade dos gráficos, é a tamanha qualidade da retratação das ambientações e cenários ao redor da jogatina. Isso eu digo pois, como já foi dito, um dos méritos que o game possuí é ser um dos poucos a retratar tal época das guerras de Roma contra os bárbaros. 

Mas além disso, é belo fato deles conseguirem representar essa abalada época tão bem, não só em qualidade histórica, mas também em qualidade gráfica. Assim como expressões faciais, o game acaba representando um dos melhores cenários já vistos no mundo dos jogos, sem exagero... Alguns fatores históricos da Itália são mostrados no jogo, como o famoso Coliseum, que tem presença importantíssima na trama. 

Os cenários e ambientações são um dos melhores fatores do game

Marius e Personagens Secundários:

Como foi dito, "Marius Titus" é o protagonista do jogo. Como "Ryse" foi o primeiro de TALVEZ uma nova sequência de jogos para a nova geração, assim como "Crysis" foi no ano de 2007, nós ainda temos algumas dúvidas sobre a dinâmica apresentada dos novos personagens. Mas então a "Crytek", produtora do jogo, nos apresenta Marius, um General Romano, que após pouco tempo de jogo, mostra seu passado ainda como soldado. 

Marius é um exemplo de novo personagem disposto a uma bela vingança, assim como foi Ezio Auditore em "Assassin's Creed II", lançado em 2009. Claro, ambos os personagens não chegam nem perto de ter o mesmo nível de carisma, mas são ambos dispostos a um objetivo muito sedutor ao jogador. Em relação a personagens secundários, temos como melhor exemplo o nosso Imperador Nero, que passa a maior parte do tempo com os ouvidos abertos as histórias de seu General. Ou seja, não existem exatamente personagens nos quais nós vamos nos apegar ao game, graças a isso que o jogo não possuí tanto destaque pela sua história.

Marius Titus é o nosso protagonista, que mesmo com um objetivo sedutor na trama, 
falta muito para ser um personagem marcante

Pequenas Escolhas:

Algo que realmente chama a atenção de qualquer jogador é aquele game que caminha com as suas escolhas, como o recente "The Walking Dead", da Telltale Games. Mas enfim, essa característica está crescendo mais e mais a cada novo jogo lançado, em que muitas vezes o próprio game lhe pedi para decidir grandes responsabilidades. "Ryse: Son of Rome" tenta trazer essa característica de uma forma bem secundária, mas o que vale é a intensão. 

A situação que enfrentamos aqui são nos momentos da grandes batalhas retratadas, na qual o jogo pede ao jogador para controlar os seus soldados, sendo essa a tarefa do General. Nesse momento, temos pequenas escolhas, como por exemplo em qual posição colocar os arqueiros que estão no topo de localizações, ou se os nossos soldados em terra ajudarão a você ou ao outro exército também perto dali. Ou seja, são pequenos atos de escolhas, mas que para um início de conversa, acaba sendo bem vindo. 


Determinar a posição de seus exércitos são uma das 
pequenas escolhas possíveis de se fazer

Dificuldade Amadora:

Um dos fatores que realmente consegue decepcionar muito no jogo, e que de certo modo chega a ser uma surpresa, é a sua dificuldade completamente amadora. Eu digo que acaba sendo uma surpresa pois o game tem elementos de 'hack and slash', e todos nós sabemos que esse gênero não costuma ser nada fácil, e trás altos desafios para os jogadores. Como exemplo dessa afirmação temos aí no mercado os aclamados "God of War" e "Devil May Cry". 

Mas enfim, o fato aqui é que os nossos inimigos são realmente simples de derrotar (até mesmo chefes), pois não possuem quase nada de inteligência artificial, e vão em cima de você apenas para atacar. Isso acaba sendo outro defeito do jogo. Porém, o fato que até os seus pais que nunca colocaram as mãos em um controle, conseguiriam sem problemas lidar com as aventuras de Marius no game.

Multiplayer Legalzinho:

Mesmo com uma campanha principal curtíssima, o game tenta colocar uma tarefa extra no momento que apresenta um multiplayer, centrado no sistema de co-op. Esse modo funciona de forma simples: você deve criar um personagem e escolher qual Deus você irá seguir, dependendo de qual seja, ele lhe dará uma habilidade especial para confrontar hordas de inimigos junto com outros jogadores. É um modo que não passa de ser legalzinho, ainda que o game poderia aproveitar o sistema de "player vs player". 

O multiplayer co-op do jogo não passa de ser legalzinho, 
e também poderia ser melhor aperfeiçoado

Resultado Final:

Podemos dizer que este e outros games recém lançados para nova geração, terão de aprender muito para entender o significado de "verdadeira qualidade". "Ryse" é um desses exemplos, que apesar de não ser um jogo ruim, acaba não cumprindo todos os seus objetivos. Todos sabem que gráficos não são tudo, e o game basicamente só apresenta isso. O que fica realmente expresso na qualidade vista do jogo é que ele seria um beta de talvez uma futura sequência, que poderia sim vir no futuro. 

Isso eu digo pois, parece que o game teve de ser lançado na correria, junto ao lançamento do novo console da Microsoft. Quem sabe a "Crytek" não aproveita um tempo de folga para focar melhor na qualidade de seus jogos atuais e os lançar realmente completos. 

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Ryse: Son of Rome
Xbox One
Novembro de 2013

"Ryse: Son of Rome" é um dos primeiros games da nova geração de consoles, vindo exclusivamente para a máquina da Microsoft, o novo "Xbox One". O jogo é feito em terceira-pessoa, com gênero de ação-aventura e elementos frequentes de 'hack and slash'. O título foi desenvolvido pela Crytek e publicado pela Microsoft Studios. Foi lançado no dia 22 de novembro de 2013 no mundo todo, juntamente com o lançamento do novo console da empresa publicadora.

Enredo: O jogo começa com o nosso protagonista, Marius Titus, defendendo um ataque bárbaro na cidade de Roma, ao mesmo tempo que possuí a tarefa de colocar o Imperador Nero, em algum lugar seguro do seu reino. Quando Marius consegue completar esse objetivo, ele começa a contar uma história ao seu Imperador, e assim nós descobrimos vários fatores do passado do nosso protagonista. Dentre os fatos, a morte de sua família, pelas mãos dos Bárbaros, o que o fez jurar o maior número possível de mortes desse povo. Isso irá gerar revelações e reviravoltas que muitos personagens não esperavam.

Nota: 7,0

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~Lolo GM

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