"Assassin's Creed: Rogue" é um game de ação-aventura, desenvolvido pela Ubisoft Sofia, e publicado igualmente pela Ubisoft. O game é o sétimo capítulo da franquia "Assassin's Creed", juntamente com "Assassin's Creed: Unity", lançado no mesmo dia, 11 de novembro de 2014. O jogo possuí versões para Playstation 3, Xbox 360 e futuramente estará disponível para PC.
O game tem como protagonista Shay Cormac, um recruta Assassino que começa, aos poucos, à ganhar notoriedade dentro de sua Ordem. Apesar disso, Shay possuí muitas dúvidas sobre os objetivos dos Assassinos, e muitas das idéias ele descorda. Em certa missão, localizada em Lisboa, Shay acaba testemunhando a morte de pessoas inocentes, em um completo desastre.
Amargurado pela sua própria causa, Shay decide unir-se aos Templários, visando uma melhor compreensão do mundo ao lado dos inimigos. Com isso, uma busca pessoal por vingança de seus antigos aliados começa, e Shay terá, inclusive, a companhia de Haytham Kenway, pai de Connor, protagonista de "Assassin's Creed III".
Enredo Sem Sal:
A ideia central deste "Assassin's Creed" foi, sem dúvida, trazer um novo ponto de vista aos jogadores, tendo a possibilidade de controlarmos exclusivamente, pela primeira vez, um Templário. Essa aproximação foi interessante, ainda que existam muitos furos no enredo. Para começar com o motivo pelo qual Shay torna-se um Templário, que além de ilógico, foi pouco trabalho pela produção. Eu digo isso pois, a morte de pessoas inocentes é algo que fãs da série, tendo controlado Assassinos em todos os outros 6 jogos, sabemos que é surreal, e nunca teria acontecido realmente.
Outro fator que tira mais uma vez o brilho dos enredos da série, é a nova desleixa dos produtores em relação às situações do presente. Em "Assassin's Creed: Unity", isto chegava a ser ridículo de tão mal trabalhado, e apesar de "Rogue" tentar dar um pouco mais de enfoque na situação, a mesma não passa de ser igual à de "Black Flag", pois a falta de novidades no quesito é ridículo. Para se ter uma noção, o jogador tem a visão em primeira-pessoa novamente, e mais uma vez podemos perambular sobre os escritórios da Abstergo. O fato é que não existe 1 planta nova sequer no local, o que é bizarro de se ver. Os produtores simplesmente retiraram o mesmo ambiente do game anterior e recolocaram no "novo jogo". É algo ridículo de se presenciar!
"Assassin's Creed: Rogue" possuí um enredo sem sal, ainda que seu conceito
seja interessante, mas que infelizmente não se desenvolve bem
Gráficos Ultrapassados:
"Assassin's Creed: Rogue" foi um jogo feito para os consoles da já antiga geração, e o último que os produtores estarão lançando para Playstation 3 e Xbox 360. Com isso, o trabalho gráfico do jogo é ruim, de fato. Tendo a "Naughty Dog" se despedido dos consoles com "The Last of Us", a "Quantic Dream" se despedindo com "Beyond: Two Souls" e a própria "Rockstar" se despedindo com "Grand Theft Auto V", a Ubisoft simplesmente desleixa um trabalho gráfico previsível, mau acabado, com péssimas texturas, e até mesmo inferior de outros jogos.
É ridículo ver a tamanha falta de trabalho nas expressões faciais, texturas do cenário ou simplesmente os gráficos em geral. A Ubisoft reciclou os gráficos de "Black Flag" e os colocou no jogo. Mas, o mais interessante, é que certos detalhes são mais bem vistos no game anterior, e não no novo capítulo. É algo estranho, e só mostra a falta de trabalho e pressa em lançar um produto.
O trabalho gráfico de "Rogue" é ruim, e em certos momentos, pode-se perceber que
detalhes do ambiente e expressões faciais são inferiores ao game anterior, "Black Flag"
Jogabilidade Reciclada:
Talvez o fator mais reciclado de "Rogue" tenha sido a sua jogabilidade. Basicamente, ela é IGUAL à de "Black Flag", sem alterações ou adições significativas. O combate do jogo é o mesmo conhecido dos jogos anteriores, ou seja é automático e sem nenhum grau de dificuldade ao jogador. A locomoção do personagem é algo que a Ubisoft tenta variar em cada um de seus jogos, fazendo com que cada Assassino tenha seu estilo de andar diferenciado. Com Shay não é diferente, e a sua locomoção é original, ainda que nada revolucionária na série.
O 'parkour' está presente no jogo, independente de Shay ser um Templário. O sistema é uma réplica de "Black Flag", sem o acréscimo de novos movimentos. Talvez o mais decepcionante seja a vinda, novamente, do combate naval do jogo. Sem novidades significativas, apenas alguns novos meios de aproximação no inimigo, com diferentes canhões ou algo do tipo. O sistema, na minha opinião, já está enjoativo, mas provavelmente (e felizmente) será o último capítulo da série à abordá-lo.
"Assassin's Creed: Rogue" trás uma jogabilidade totalmente reciclada
de "Black Flag", com pouquíssimas (e desinteressantes) acréscimos
Fatores Que Voltam... Reduzidamente:
"Assassin's Creed: Rogue", tenta, de forma não tão agradável, trazer de volta fatores dos últimos dois jogos da série, "Assassin's Creed III" e "Black Flag". Esses fatores eu me refiro à combates navais, a casa do jogador, o sistema de caça e por aí vai. Todos esses meios de "missões", sejam secundárias, ou envolvendo a campanha principal, estão reduzidos ao extremo.
Por exemplo, no sistema de caça do jogo, não temos 1/3 da variedade de animais que existiam nos últimos dois "AC's". No combate naval, temos novos tipos de armas e aproximações contra os inimigos, mas o sistema de adentramos na água e explorarmos embaixo do oceano não existe mais. Ou ainda, na nossa casa, temos poucos recursos a serem interagidos. Esses são alguns dos fatores que foram transportados descaradamente.
Detalhes Reciclados:
Talvez a característica mais revoltante em "Rogue" seja que, até os pequenos detalhes que eram novidades em "Black Flag", foram literalmente copiados para o novo jogo. Esses são "mínimos detalhes", mas que foram evidencialmente reciclados. Tais como efeitos de som (os barulhos que Shay faz ao andar e a locomover seu navio) as músicas dos marujos (que são simplesmente as mesmas. Poxa, nem para fazer alguns cantigas novas?) e até o visual do mapa (que mesmo por possuir áreas novas, parece que o formato é o mesmo, reduzidamente). São fatores que podem não afetar certos jogadores, mas a mim, particularmente, conseguiu arrancar cabelos.
Algumas características, tal como o visual do mapa do jogo,
são literalmente transportados de "Black Flag"
Shay - Sem Boas Justificações, mas Bastante Carismático:
O protagonista do jogo, Shay Cormac, é um dos poucos motivos pelo qual a história do jogo ganha algum destaque. O personagem, felizmente, é bastante carismático (algo que, como foi dito na análise de "AC: Unity", falta nas personalidades de lá). Ainda que não tenha boas justificações para ser um "vira-casaca", Shay possuí o peso digno de um personagem da série, com vários momentos empolgantes e reveladores, que mostram que mesmo com toda a raiva em seu coração, ele pode ser tanto vingativo, quanto misericordioso. É um bom personagem!
Shay Cormac, o protagonista do jogo, consegue ser um dos poucos
fatores que seguram o enredo até o final
Muitos Afazeres:
De preferência, é sempre bom, ao pagarmos 150 reais em jogo da antiga geração (em uma loja física), este título ter pelo menos uma boa dose de conteúdo. Felizmente, este é o caso de "AC: Rogue", no momento que o título da Ubisoft, assim como todos os outros jogos da série, possuí muitos conteúdos a serem explorados. Missões de assassinato, torres para sincronizar, mapas do tesouro, fortes a serem atacados, armazéns para invadirmos e por aí vai... São muitos conteúdos, que mesmo por serem iguais aos de outros jogos da série, são válidos ao preço que estamos pagando.
Cenário Nada Cativante:
"AC: Black Flag" tinha, de maneira muito agradável, um dos cenários mais lindos da franquia. Infelizmente, "Rogue" tenta dar uma pequena inovada nesta característica, mas o seu novo cenário, mais congelante e estilo invernal, não são cativantes. Talvez isso se dê pelas texturas das ambientações, que nem sempre estão tão boas. Ver alguns 'icebergs' ao longo do caminho é interessante, mas nada que não dê para abrir mão. Ainda assim, alguns detalhes de iluminação e montanhas ao ver de quilômetros de distância são bem bonitas à primeira vista.
Os cenários do jogo não são cativantes, mas alguns
detalhes de iluminação e montanhas à distância são bem interessantes
Dublagem Brasileira de Qualidade:
A dublagem brasileira de "Assassin's Creed: Unity" não era das melhores, mas se tem alguma coisa que "Rogue" se saí bem, é a dublagem brasileira. Com várias vozes conhecidas do cinema dublado, o jogador facilmente se identifica com os dubladores e as vozes (ou ao menos a maioria) se encaixam bem em seus determinados personagens. Ainda assim, você pode preferir o áudio original, pois, felizmente, as legendas em português estão disponíveis o tempo todo.
Resultado Final:
Chegando ao fim de mais uma análise de um título da "Ubisoft" (pois admito que cansei de transmitir críticas sobre os jogos da empresa no ano de 2014) temos um dos piores jogos da franquia, e em relação à cronologia principal da série "Assassin's Creed", "Rogue" consegue ser o mais fraco. Isso, com certeza, se dá ao fato de que o game não trás praticamente nenhuma novidade ao 'gameplay'. Desde grandes características até mínimos detalhes, tudo é reciclado de "Assassin's Creed III" e "Black Flag".
A história do jogo é sem sal, ainda que tenha um bom conceito e um novo ponto de vista, que de fato é interessante. O que peca é o desenrolar do enredo e o motivo pelo qual Shay vira um Templário, que é completamente ilógico. Os gráficos do jogo são ultrapassados, até mesmo para um título da antiga geração, pois em diversos detalhes do cenário e expressões faciais, "Black Flag" se saía melhor. Sendo assim, "Rogue" é um daqueles títulos que só os maiores fãs da série devem jogar, mas vão sem nenhuma expectativa, pois com certeza vocês se decepcionaram.
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Assassin's Creed: Rogue
Playstation 3 / Xbox 360 / PC (em breve)
Novembro de 2014
"Assassin's Creed: Rogue" é um game de ação-aventura, desenvolvido pela Ubisoft Sofia, e publicado igualmente pela Ubisoft. O game é o sétimo capítulo da franquia "Assassin's Creed", juntamente com "Assassin's Creed: Unity", lançado no mesmo dia, 11 de novembro de 2014. O jogo possuí versões para Playstation 3, Xbox 360 e futuramente estará disponível para PC.
Enredo: O game tem como protagonista Shay Cormac, um recruta Assassino que começa, aos poucos, à ganhar notoriedade dentro de sua Ordem. Apesar disso, Shay possuí muitas dúvidas sobre os objetivos dos Assassinos, e muitas das idéias ele descorda. Em certa missão, localizada em Lisboa, Shay acaba testemunhando a morte de pessoas inocentes, em um completo desastre. Amargurado pela sua própria causa, Shay decide unir-se aos Templários, visando uma melhor compreensão do mundo ao lado dos inimigos. Com isso, uma busca pessoal por vingança de seus antigos aliados começa, e Shay terá, inclusive, a companhia de Haytham Kenway, pai de Connor, protagonista de "Assassin's Creed III".
Nota: 5,5
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~Lolo GM
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