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sábado, 4 de outubro de 2014

Análise Middle Earth: Shadow of Mordor


"Middle Earth: Shadow of Mordor" é um game de ação e aventura, desenvolvido pela "Monolith Productions" em parceria com a "Behaviour Interactive", e publicado pela  "Warner Bros Interactive Entertainment". O jogo foi lançado para Playstation 4, Xbox One e PC no dia 30 de setembro, e as versões de Playstation 3 e Xbox 360 sairão no dia 18 de novembro. O título é inspirado no universo fantasioso criado por J.R.R. Tolkien, "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", no qual seus eventos se interligam entre ambos os livros.

Info:

O game mostra eventos interligados entre as obras de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", criadas por J.R.R. Tolkien. Nessa ocasião, ele conta a trajetória de Talion, um respeitável 'Ranger' de Gondor, que recebe a ordem de proteger o "Portão Negro de Mordor". Com o retorno de Sauron, o Lorde das Trevas, exércitos de Ukuk's invadem o local, matando sua família inteira, incluindo sua mulher e filho. O "Machado", A "Torre" e a "Mão Negra" de Sauron são os três indivíduos que fazem a ação. 

Talion também é derrotado na ocasião, mas é banido da morte por uma maldição que lhe foi lançada, tendo inexplicáveis laços com Celebrimbor, o espírito de um elfo que perdeu sua memória, e que pretende, com a ajuda de Talion, recuperá-la. Assim começa a jornadas de ambos, ao mesmo tempo que Talion está determinado em buscar vingança pela morte de sua família. 

Enredo Legal, Porém...

O enredo de "Shadow of Mordor" é realmente legal e interessante, ainda que o tema de "vingança" já tenha sido muito usado no mundo dos games, e que o título da Warner não faz questão de inovar. De qualquer maneira, somos apresentados a fortes personalidades, descobrimos os passados de diversos indivíduos, e somos presenteados com participações memoráveis de personagens que já conhecemos de outras mídias, como os livros e filmes, o que certamente é o ponto mais forte do enredo. 

Ainda assim, o jogo peca em uma certa peculiaridade que ninguém esperava: ele não é nem um pouco retratado da maneira original das obras. Sabemos que os seus eventos se passam entre "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", e com isso conseguimos desvendar diversos furos que os produtores não se importaram em esconder. Não iremos citar estes furos para evitarmos dar informações sobre a trama, mas eles são perceptíveis e bem decepcionantes. Isso tudo sem falar no final, que é, no mínimo, duvidoso e estranho. 

Mesmo que seja legal, o enredo do jogo não se preocupa em seguir as obras 
originais de J.R.R. Tolkien, o que pode decepcionar alguns jogadores

Gráficos Lindíssimos:

Os gráficos do game são simplesmente lindíssimos. Essa é uma característica que simplesmente não para de deliciar o jogador em nenhum momento. Quando você inicia sua jornada, já é possível vermos um excelente trabalho nas computações gráficas, que dão uma força maior para as 'cutscenes' do jogo. Após isso, somos apresentados ao mundo livre do game, aonde talvez ele mais brilhe. 

O detalhismo das chuvas, da vegetação, dos monumentos e paredes quebradas, são simplesmente de arrepiar. Até mesmo a roupa e aparência do nosso protagonista se comporta de maneira magnífica, molhando-o em momentos chuvosos, e o deixando sujo em situações ariosas. No máximo, podemos dar uma queixa pelas expressões faciais, que as vezes parecem estarem fora dos lugares apropriados, e possam parecer estranhos em determinadas situações. Ainda assim, não é nada que tire o brilhantismo do jogo nesse ponto. 

Os gráficos do jogo são simplesmente lindos, desde as belíssimas 
computações gráficas, até os mínimos detalhes vistos na 'free roam'

Jogabilidade Que Juntou Tudo de Melhor no Gênero:

Imagine juntar alguns títulos do gênero que sejam mais amados pelos fãs, e nessa junção, aplicar-se total foco na jogabilidade. Foi essa a ideia dos produtores do jogo, e felizmente, ela deu muito certo. Ainda que não seja exatamente original, o acúmulo das aventuras de "Assassin's Creed" e "Batman: Arkham" se misturam e geram uma surpresa muito bem encaixada na Terra Média. Com isso, tudo que já conhecemos através de outros jogos do gênero são vistos aqui, ainda que com uma identidade única. Como era de se esperar, o jogo divide-se entre duas funções: o combate aberto e o 'stealth'. 

No combate aberto, somos glorificados com uma fluidez indescritível. A naturalidade dos movimentos de Talion são impressionantes, e tudo ocorre com extremo detalhismo. Desde o momento que o personagem impunha sua espada, até as incríveis e caprichadíssimas finalizações que o mesmo executa contra os inimigos, é tudo de uma qualidade impressionante. 

O combate aberto do game é insano e frenético, 
e de um detalhismo impressionante

Como todo bom jogo de ação-aventura, temos também uma divisão com o combate silencioso, ou seja, o uso do adorável 'stealth'. Aqui, as similaridades se encaixam em games como "Metal Gear Solid 4" e "Splinter Cell: Blacklist", retirando algumas das melhores características de ambos os jogos. Nesse caso, iremos ficar pressionando um botão e seguiremos nossa trajetória, de maneira lenta ou rápida, abusando das lindíssimas finalizações à nossa frente. Novamente tudo fluí de maneira impressionante, e o detalhismo dos movimentos é incrível. 

O modo 'stealth' do jogo é igualmente de ótima qualidade, 
apresentando boa movimentação e caprichando nas finalizações

Nemesis - Simplesmente Revolucionário:

Somos obrigados a comentar sobre o sistema "Nemesis" em primeiro plano na análise, pois este, sem dúvida, é a melhor e mais revolucionária característica do jogo. Para quem não sabe, o Nemesis cria os seus próprios laços contra outros inimigos, fazendo com que a sua experiência ao longo do jogo seja única. 

Um exemplo: você encontra um Capitão Ukuk, e uma batalha começa. Nessa batalha, você pode facilmente perder ou ganhar, pois tudo depende do Level em que este inimigo em específico está. Independente do resultado, esse Ukuk irá lembrar de você, e se o jogador se reencontrar com ele, o mesmo pode lhe provocar em relação às lutas passadas (caso você tenha perdido) ou pode mostrar raiva por ter sido derrotado anteriormente (caso você tenha ganhado). 

Esse foi só um exemplo, o verdadeiro sistema Nemesis do jogo é indescritível, você tem que jogar para entender. Mas, uma coisa é certa: é um dos sistemas mais legais e interessantes dos últimos anos nos games. O jogador pode simplesmente criar seus laços e conflitos, além de garantir uma profunda raiva com um Ukuk em específico (sim, isso irá acontecer muitas vezes). 

O sistema Nemesis do jogo é simplesmente revolucionário

Inteligência Artificial Regular:

A "IA" do jogo não é das melhores, e apresenta furos e problemas principalmente em momentos 'stealth'. Não se confundam entre a IA do jogo e o sistema Nemesis, ambos são características diferentes. Quem é fã da série de obras e filmes inspirados no universo de J.R.R. Tolkien, sabe que os tanto os orc's, quanto os Ukuk's, não são as criaturas mais inteligentes na Terra Média. 

Isso, de maneira irônica, fica evidente na jogatina de "Shadow of Mordor", no momento que percebemos que os nossos inimigos ignoram quaisquer componentes mortos num comboio (pois você pode ir matando um por um, que os da frente não perceberam). Outro fator "estranho" na jogatina, é o fato de conseguirmos despistar os nossos inimigos muito facilmente, e mesmo que você esteja sendo procurado por outros Ukuk's, possa dar um 'fast travel', podendo facilmente escapar da situação. 

Talion e Celebrimbor - Uma Força Unida:

Antes do lançamento do game, não tínhamos exatamente a certeza de existirem dois protagonistas no jogo, mas no final isso era verdade. Talion e Celebrimbor não são dois personagens literalmente "distintos", até porque, o último é o espírito que está incorporado em Talion. 

Este por sua vez, era um 'ranger' de Gondor que recebeu a tarefa de cuidar do "Portão Negro de Mordor", após anos da derrota de Sauron. Mas, como não é novidade para ninguém, Sauron volta das profundezas de sua destruição, seu espírito ainda muito fraco, mas com uma influência muito forte. Com seu poder, ele lidera exércitos de Ukuk's a reconquistarem Mordor, e começa justamente pelo portão. Com isso, Talion perde toda a sua família e acaba morrendo junto com eles, mas é banido da morte por não completar o seu objetivo real. 

Celebrimbor, por sua vez, é um antigo elfo, príncipe de Ñoldorin, último membro da "Casa de Fëanor" existente na Terra Média. O motivo de sua ligação com Talion é desconhecida por ambos, e seu passado é levemente revelado a cada novo artefato que ambos irão descobrir na jogatina. No geral, os dois protagonistas possuem personalidades fortes, e em diversas situações irão proporcionar bons momentos na trama da história, com ótimas descobertas e revelações.

Talion e Celebrimbor são duas personalidades fortes, 
e suas buscas pela verdade é realmente empolgante

Ambientação Muito Bem Retratada:

Uma das melhores características do título da Warner, que eu particularmente me encantei, foi retratação de Mordor no jogo. Quem já leu os livros, ou viu os filmes, sabe que essa terra é dizimada pela sujeira, morte, escravidão e sofrimento. Isso, de maneira esplêndida, é mostrada aqui, com simplesmente todas as características que esperávamos que fosse Mordor. Com isso, fica evidente que não é exatamente a beleza que reina no jogo, e mesmo a Terra Média sendo o lar das belíssimas paisagens, Mordor é quase um purgatório comparado ao que temos em outras regiões, e essa característica, foi maravilhosamente mostrada no jogo. 

O jogo simplesmente encanta na sua ambientação, 
que não é bonita, mas sim devastadora, como Mordor deve ser

Alguns Bugs:

Durante a minha jogatina pessoal, consegui relatar uma série de bugs que ocorreram na minha jornada, e infelizmente, são bugs nada perdoáveis. Ocorreu-se de Talion simplesmente entrar dentro de outros personagens, obrigando-me a fechar o jogo e reiniciá-lo. Perto dos últimos momentos da trama, fiquei preso em uma parede enquanto enfrentava um chefe, e a câmera posicionou-se em primeira pessoa e começou a voar. Foi simplesmente bizarro! Esses e mais problemas são frequentes na jogatina, e esperamos que os produtores lancem atualizações para consertá-los em breve. 

Excelente Dublagem:

Quem é seguidor do blog, ou visita o nosso site frequentemente, já percebeu que somos grandes fãs do trabalho de Troy Baker. Dito isso, foi de extrema felicidade e satisfação ver a sua voz em mais um empolgante protagonista, neste caso, no Talion. Sua performance é novamente excelente, e ele trás tudo de si para o personagem. 

Mas, para a nossa sorte, não é só ele que faz um ótimo trabalho. Personagens secundários e principalmente, os Uruk's do game, estão com ótimas vozes. Em relação à dublagem brasileira, temos um trabalho surpreendentemente bem feito. Vários dubladores que já trabalharam em outros jogos famosos estão aqui marcando sua presença, e de forma muito caprichada, que faz com que o game valha a pena de ser jogado em PT-BR. 

Por trás das câmeras: Troy Baker e Alastair Duncan 
executando o trabalho de dublagem e captura de expressões faciais

Baixa Duração:

Além de você finalizar o jogo e ficar-se perguntando o que havia acontecido (pois o final de "Shadow of Mordor" é duvidoso), a pergunta que também fica no ar é se ele precisava ser tão curto. A campanha principal do game apresenta apenas 20 missões, que se forem jogadas consecutivamente, não passaram das 8 horas de jogatina, o que é bem decepcionante para um jogo de mundo aberto. 

Ao menos, sabemos que temos vários colecionáveis e missões secundárias para fazermos, que somaram mais horas de diversão, além do sistema Nemesis do game, que está sempre criando novas aventuras aos jogadores. 

Resultado Final:

Por fim, não restam dúvidas de que "Shadow of Mordor" é um dos melhores games do fraco ano de 2014. Mesmo com uma história que não passa do "interessante" e prefere seguir caminhos individuais na mitologia da Terra Média, o game apresenta excelentes gráficos e uma jogabilidade muito caprichada, trazendo tudo de melhor no gênero ação-aventura, e os juntando-os com um nível de detalhismo impressionante. 

Ainda assim, a maior e mais divertida característica do jogo é o seu sistema Nemesis, que cria experiências individuais para cada jogador, além de fazer com que a jornada não se limite apenas no enredo. Juntando com tudo isso, ainda temos um excelente trabalho de dublagem e uma ambientação muito bem retratada, que gera uma satisfação enorme aos fãs das obras e filmes. É sem dúvida um dos melhores jogos do ano e provavelmente estará dando ponta para o "Game of the Year".

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Middle Earth: Shadow of Mordor
Playstation 4 / Playstation 3 / Xbox One / Xbox 360 / PC
Setembro de 2014

"Middle Earth: Shadow of Mordor" é um game de ação e aventura, desenvolvido pela "Monolith Productions" em parceria com a "Behaviour Interactive", e publicado pela "Warner Bros Interactive Entertainment". O jogo foi lançado para Playstation 4, Xbox One e PC no dia 30 de setembro, e as versões de Playstation 3 e Xbox 360 sairão no dia 18 de novembro. O título é inspirado no universo fantasioso criado por J.R.R. Tolkien, "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", no qual seus eventos se interligam entre ambos os livros.

Enredo: O game mostra eventos interligados entre as obras de "O Hobbit" e "O Senhor dos Anéis", criadas por J.R.R. Tolkien. Nessa ocasião, ele conta a trajetória de Talion, um respeitável 'Ranger' de Gondor, que recebe a ordem de proteger o "Portão Negro de Mordor". Com o retorno de Sauron, o Lorde das Trevas, exércitos de Ukuk's invadem o local, matando sua família inteira, incluindo sua mulher e filho. O "Machado", A "Torre" e a "Mão Negra" de Sauron são os três indivíduos que fazem a ação. Talion também é derrotado na ocasião, mas é banido da morte por uma maldição que lhe foi lançada, tendo inexplicáveis laços com Celebrimbor, o espírito de um elfo que perdeu sua memória, e que pretende, com a ajuda de Talion, recuperá-la. Assim começa a jornadas de ambos, ao mesmo tempo que Talion está determinado em buscar vingança pela morte de sua família.

Nota: 9,0

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~Lolo GM

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