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sábado, 12 de outubro de 2013

Análise Saga Call of Juarez


"Call of Juarez" é uma série de jogos de narrativa situada no velho oeste, com gênero de tiro em primeira-pessoa. Todos os games foram desenvolvidos pela Techland e publicados Ubisoft. No geral, todos os títulos (exceto o primeiro) foram lançados para as principais plataformas, incluindo Playstation 3, Xbox 360 e PC. A série se iniciou em 2006 com seu título "Call of Juarez" e seguiu com mais 3 sequências. 


Info:

A franquia nunca deu sequência de enredo em nenhum de seus jogos, sendo assim, chega ser difícil transmitir uma sinopse para a saga. Mas enfim, os títulos aqui se baseiam no faroeste dos anos de 1880 e para cima. A história mais junta da série se dá pelo personagem Reverendo Ray, no primeiro game pela sua busca por vingança e no segundo, a explicação pelas situações que ocorrem no anterior. Os games seguintes não seguem a menor continuação se comparados ao dois primeiros, e sendo assim, o terceiro título é o desastre dos tempos modernos e o mais novo game, "Gunslinger" com uma história paralela envolvendo personagens reais e fictícios do velho oeste. 

Enredos que Fazem Jus ao Gênero:

Os enredos da série "CoJ" são realmente um dos pontos mais cativantes aos fãs do gênero. Apesar de se assimilarem extremamente com clássicos dos anos 50, 60, 70 e 80, os jogos da série possuem características únicas. Fato que nunca pode faltar em um game é a profundidade com os personagens, o que quase nunca faltou na franquia. Outro ponto importantíssimo que a série possuí é um foco em diversas situações ao mesmo tempo, o que podemos ver em quase todos os jogos, pois eles apresentam a nós mais de um protagonista jogável. Ou seja, as histórias da série, interligadas ou não, nunca deixaram a desejar, pois traziam com si os principais pontos que se procura em games de ambientação faroeste. 

"Call of Juarez" possuí enredos muito bem feitos e 
que fazem jus ao universo do velho oeste

Gráficos com Classes de Altos e Baixos:

Se há algo que talvez possa deixar alguém um pouco frustado com a série são os gráficos. Mas para por aí, pois estes também possuem seus altos e baixos. Nas características positivas neste ponto, temos o gigantesco nível de detalhes nos cenários e ambientações, quase nunca vistas tão bem feitas em um jogo (isso principalmente nos dois primeiros títulos), porém, iremos aperfeiçoar esse fato mais em breve nesta análise. 

Já algo que deixa a desejar em quase todos os games da franquia são as expressões faciais dos personagens, e juntamente a desenvolvedora com suas tentativas frustantes de fazer algo realista em relação a isso, bem ao estilo "L.A. Noire". Mas essas tentativas nunca deram certo, e as expressões sempre ficaram devendo, e muito. Claro, devemos dar um belo desconto pela época (2006 e 2009) que ainda podiam ser considerados o início da atual geração de jogos.

Acima vocês podem conferir o resultado das 
expressões faciais em "Call of Juarez: Bound in Blood"

Jogabilidade Calibrada:

A série "CoJ" tem como seu gênero tiro em primeiro pessoa, e nisso, o game faz jus ao que descreve. Isso pois todos os títulos da série estão exatamente no padrão, e se assemelham muito a outros jogos extremamente parecidos, como "Call of Duty" servindo como melhor exemplo. Aqui podemos fazer tudo das características principais, como andar, correr, se abaixar, obviamente mirar e atirar, entre outras ações. A principal novidade em todos os jogos da série (exceto em "Gunslinger") é a troca de personagens ao longo da jogatina. Cada um das diferentes personalidades possuí diferentes características próprias, o que sempre causou um estilo próprio a série. 

A jogatina de "CoJ" se diferencia de outros games do mesmo gênero no momento que apresenta 
mais de um protagonista jogável, sendo que cada um com diferentes características próprias

Dentre os detalhes, uma novidade que o primeiro game da franquia apresentou foi a famosa corda e a jogabilidade stealth. A corda se trata de uma habilidade de um dos protagonistas (Billy) que com suas características indígenas que a usa em árvores para pular de obstáculos e penhascos. Na jogabilidade silenciosa, a série inova completamente, porém nunca conseguiu ser eficaz nesse ponto. Aqui podemos usar arcos e flechas para matar os inimigos sem alertar os demais, e dentro disto, temos que nos esconder nos matos do cenário. Porém, é aqui que a jogabilidade pode apresentar problemas, no momento que o jogador é facilmente descoberto pelo oponente em todas as situações, o que gera a jogabilidade stealth algo sem valor para a série. 


A jogabilidade stealth foi uma tentativa frustada 
da série de inovar os jogos do gênero

Faroeste - Quem Não Gosta?

"Call of Juarez" é uma série de vídeo-games em que seu principal diferencial de outras franquias do gênero é a sua ambientação, inspirada competentemente nas diversas épocas do faroeste. Agora eu pergunto: quem é que não gosta desse assunto? O famoso velho-oeste é algo que acaba cativando os amantes da sétima-arte a muitas décadas, e ocasionalmente, o assunto surge nos vídeo-games. Pois então, você não conhece muito mas se interessou após ler o parágrafo acima, então eu irei contar um pouquinho deste gênero que eu pessoalmente sou muito fanático. 

O velho oeste durou basicamente nos anos 1810 até 1910, ou seja, foi um século com muita confusão ocorrendo no mundo, mas principalmente nos Estados Unidos e no México. Dentre as figuras principais da época, não se destacavam-se políticos e governos, mas sim ladrões, xerifes e justiceiros da "terra da areia". Dentre alguns nomes podemos citar os famosos Billy the Kid, Jesse James, Pat Garret, John HardinWild Bill Hickok, Buffalo Bill, Doc Holliday dentre outras centenas de nomes. Vale ressaltar que todos estes substantivos anteriores foram retratados fielmente em "Call of Juarez: Gunslinger". E claro que não podemos esquecer das figuras dos indígenas e negros, com suas disputas territoriais e lutas pelo fim da escravidão racial. 

Acima foto real de Billy the Kid, um dos 
maiores pistoleiros do velho-oeste

Quando toda essa época acabou de vez, chegou a hora a partir dos anos 50 do cinema fazer suas versões para o público. Dentre os casos mais famosos, temos os diversos filmes do mestre John Wayne, sendo considerado o maior ator de filmes de faroeste de todos os tempos. Um pouco depois, fomos apresentados a obras de arte como alguns casos de filmes protagonizados pelo também mestre Clint Eastwood, melhor exemplo o clássico "Três Homens em Conflito". 

Acima o mestre "John Wayne"

Dentre retratos mais modernos, temos nos anos 90 o também extremo sucesso "Dança com Lobos", com o consagrado ator Kevin Costner. Chegando mais perto ainda, temos os excelentes filmes "Bravura Indômita" e o que eu particularmente acho um dos melhores desta lista, "Django Livre". Realmente esse foi um gênero que consagrou muitas figuras famosas, e cada vez mais fazem jovens como eu sonharem em um dia terem vivido na época de duelos e justiças com as próprias mãos. 

Acima o sucesso moderno "Django Livre", com Jamie Foxx, 
Leornardo Di Caprio, Christoph Waltz e dirigido pelo mestre Quentin Tarantino

Protagonistas - Alguns Marcantes, outros Desnecessários:

Como já foi dito anteriormente, "Call of Juarez" se diferencia de outros games do gênero no momento que apresenta mais de um protagonista jogável em cada título. O destaque aqui é que as diferenças entre cada um dos personagem é explicitamente mostrada, dando um maior toque de realismo. Para começar, no 1° "Call of Juarez" tínhamos dois personagens disponíveis. 

O primeiro e extremamente marcante (que de certa forma deu as caras em todos os jogos da série) é "Reverendo Ray", um ex-pistoleiro que virou pastor de igreja é agora possuí extremo ódio por Billy (o outro protagonista), acreditando que ele que havia cometido certas atrocidades vistas no conceito de enredo do game. E é isso que nos leva até o segundo protagonista: Billy Candle. Billy é um garoto jovem de descendência mexicana, extremamente anti-social. A sua história começa quando sua mãe morre na sua frente, dando a ideia a "Reverendo Ray" (tio de Billy) que ele havia cometido aqueles horríveis assassinatos. Enfim, aqui temos uma divisão muito grande entre ambos os protagonistas. Enquanto "Reverendo Ray" é o personagem mais marcante de toda a série, grande parte das críticas negativas que o game recebeu foi em conta a Billy, pela sua falta de carisma e sua jogabilidade problemática. 

Os dois protagonista do 1° "Call of Juarez"

Em "Call of Juarez: Bound in Blood" novamente tínhamos dois protagonistas. Como a história se passava antes dos fatos vistos no primeiro "CoJ" tínhamos personalidades quase totalmente diferentes. Eu digo quase totalmente, pois apesar de um novo protagonista, tínhamos a volta de "Ray McCall", o antigo "Reverendo Ray". Porém, o novo protagonista era "Thomas McCall", irmão de Ray, que juntos eram chamados de "Os Irmãos McCall". Thomas era o mulherengo entre os dois, fazia as coisas com mais cautela que seu irmão, apesar de se meter em muitas encrencas ao longo do caminho. E "Ray McCall" é basicamente o mesmo do visto no primeiro game, tanto a sua personalidade quanto a sua jogabilidade. Ambos os personagens juntos formaram o melhor enredo de toda a série, ou seja, realmente fizeram história no mundo dos games. 

Os Famosos "Irmãos McCall", que juntos geraram uma lenda na série

Para o nosso azar, após a maioria de carismáticos personagens, fomos apresentados em 2011 por 3 novas caras, mas nenhuma delas marcantes, nem perto disso. Eu acho que até mesmo você que não conhece a saga "Call of Juarez" sabe que o 3° título da franquia foi um fiasco completo, intitulado "Call of Juarez: The Cartel". Dentre de tantos defeitos, um deles era trazer um número exagerado de protagonistas, e nenhum deles com mínimo de carisma. O primeiro dos três personagens é Ed Guerra, um ex membro de gangue que decidiu se ajeitar na vida e entrar para a agência da DEA. Ed é simplesmente um m$@#, isso pois ele é machista, preconceituoso, se acha mais do que deve e não tem o mínimo de carisma. A segunda protagonista é a agente do FBI Kimberly Evans, uma mulher que teve uma infância difícil, e depois de muita luta, chegou ao topo de sua carreira policial. Kimberly é outra personagem chata, agora não porque ela é uma 'fdp' completa, mas sim pois não apresenta nem um pouco de novidade em geral. O terceiro e graças a deus o último protagonista é Ben McCall. Sim, McCall é um dos parentes dos "Irmãos McCall" em "Bound in Blood", agora obviamente nos tempos modernos da corrupção e tráfico. Ben é o menos chato dentre os três, mas ainda sim é muito sem sal se comparado a outros protagonistas da série. 

Os três péssimos protagonistas de "Call of Juarez: The Cartel"

Encerrando a sessão de protagonistas, temos a única exceção da série. Eu estou me referindo a "Call of Juarez: Gunslinger" que possuí apenas 1 protagonista jogável, algo que não chega nem perto de atrapalhar. O personagem solo agora é Silas Greaves, um pistoleiro (felizmente voltamos ao faroeste) e caçador de recompensas que contará em todas suas principais aventuras em um bar para um grupo de pessoas. Silas é um excelente personagem, que ao contrário dos antecessores, é muito divertido de se jogar. Apesar de não conhecermos o seu rosto por completo, só a sua voz já comprova o quão carismático ele é. Realmente um personagem marcante no universo faroeste. 

Silas Greaves, o excelente protagonista de "Call of Juarez: Gunslinger"

Call of Duty de Faroeste??

Uma comparação que muitas pessoas tem mania de fazer em relação a série é a sua semelhança com "Call of Duty", a franquia bilionária de jogos FPS's. Mas realmente os jogos são idênticos? Algumas coisas sim, outras não, sendo que algumas eu tenho certeza que você nunca percebeu. Para começar, os títulos são parecidos, "Call of Juarez" e "Call of Duty", os enredos também possuem semelhanças, como o tamanho da qualidade e a possibilidade de mais de um protagonista jogável. Mas já para por aí. 

Vale lembrar que os protagonistas de "CoJ" possuem diferenças na jogabilidade, algo que "CoD" não tem nos seus games. Ambas as franquias também possuem diferentes épocas e ambientações, com o faroeste e guerras modernas, respectivamente. E por último, vale citar a não parecida concorrência de gráficos e a jogabilidades que em certos pontos favorecem uma série, em outros favorecem a outra série.

Duelos - Demora Um Pouco Para Pegar o Jeito:

Algo que simplesmente é impossível de faltar em um jogo de faroeste são duelos de pistolas. Essa ação é uma das representações da época, assim como armar pactos de vingança. Enfim, em "Call of Juarez", temos diversas vezes a oportunidade de executar esses duelos contra inimigos especiais. No game, porém, o jogador pode ter uma certa dificuldade no início, mas após três ou quatro desafios você já pega o jeito. Esse modo se alterou severamente ao longo dos jogos, ficando de certa forma mais simples para facilitar a vida do jogador. 

A seguir iremos explicar como funciona o modo no sistema do último game da série, "Gunslinger". Quando chegastes a um duelo, seu inimigo se armará na sua frente, e basicamente, você deve ter extrema atenção, em tempo real, da posição da mão do inimigo, para sacar a arma primeiro do que ele. Mas isso ainda é muito mais complexo, você ao mesmo tempo deve se preocupar com a sua mão estar perto da arma, para poder saca-lá mais rápido, além de ter de focar a mira em uma parte fixa do inimigo, para na hora final não errar o tiro. Ou seja, são muitos objetivos para uma simples ação, que acaba bagunçando a mente do jogador. 

O sistema de "Duelo" da série é realmente 
algo que pode bagunçar a sua mente

Cronologias Interessantes:

"Call of Juarez" é uma série que apresenta um interessante cronologia, começando a partir de uma época do faroeste, no game seguinte para as ações que decorreram o enredo do antecessor, a "viajem na maionese" dos tempos modernos e por último um jogo que não tem nada semelhante aos antecessores, apenas a época que é quase a mesma. Ficou confuso? Pois é, a intenção talvez fosse essa. Um dos fatos que os produtores usaram para disfarçar e causar essa confusão é o trabalho do dublador de "Reverendo Ray", que fez todos os outros personagens a seguir, como "Ray McCall", "Ben McCall" e também "Silas Greaves". 

Ambientação Magnífica:

Um dos fatores mais positivos da franquia "Call of Juarez" é a suas ambientações magníficas. A série se destaca mais que qualquer outra pelo nível de detalhes que cada novo cenário nos proporciona, principalmente pelo realismo das plantas, das gramas, das areias e das vegetações. Porém, conseguimos perceber melhor ainda que o trabalho é realmente bem feito nos jogos. Em "Bound in Blood", por exemplo, podíamos ver a fumaça que saia do cano das nossas armas, o sangue do inimigo que jorrava no chão, dentre muitos outros detalhes significantes. 

Mas o interessante fica por conta do destaque realmente ser visto em "Call of Juarez" e "Call of Juarez: Bound in Blood", óbvio que em "The Cartel" isso foi mais um dos pontos negativos, e em "Gunslinger", apesar de o gráfico ter seguido para o lado cartoonizado não deixou a desejar, mas ainda sim não chegou nos níveis dos dois primeiros games. 

Alguns exemplos da ambientação dos jogos da série "Call of Juarez"

Trilha Sonora Competente:

Existem outros games que também podem servir como um exemplo de uma excelente trilha sonora de faroeste, como o aclamado "Red Dead Redemption". Mas, para a nossa sorte, a franquia aqui em questão também faz um ótimo trabalho nesse ponto. "Call of Juarez" apresenta uma competente trilha sonora de velho-oeste, em que nos belos momentos de ação nos mostra o máximo do clima da época, já vistos em filmes, séries, mas em um jogo é sempre bom dar um destaque evoluído.

Já Foi Robótica:

É interessante ressaltar que a jogabilidade da série já sofreu com um alto problema: o da locomoção robótica. Porém, isso é algo que vale ressaltar pois consegue mostrar o quão os jogos crescerão de 2006 para cá. No primeiro título, esse era um dos problemas que mais deixava a experiência irrealista, mas também devemos dar um desconto para a época. 

Enfim, lá a locomoção era robótica demais, tanto do protagonista quanto dos seus inimigos. Em "Bound In Blood", esse problema melhorou, ainda que continuasse levemente. Em "The Cartel" melhor nem comentarmos. Mas a moral deste tópico vem em "Gunslinger", que se comparado a 2006, a locomoção sua e de seus inimigos pode sim ser comparada a títulos de FPS's famosos, como "Call of Duty", por exemplo. 

Extenso Arsenal de Armas:

Jogos de ação e tiro possuem na sua grande maioria uma característica extremamente positiva e que importa sim ser comentada em uma análise. Eu estou falando do arsenal que possuímos na jogabilidade do game. Nesse caso, para a nossa sorte, a franquia inteira possuí um extenso arsenal de diferentes classes de armas. Dentre as que nós conhecemos, existem 3 tipos de pistolas, 2 tipos de shotguns, vários tipos de assault rifles, dinamites e para a jogabilidade stealth, arco e flecha (usado principalmente no 1° game da série). Dentre as novidades tínhamos armas especiais, que como em "Gunslinger", vinham em forma de upgrades de habilidades. 

Duração Regular:

Todos os jogos da série "Call of Juarez" apresentam basicamente o mesmo tempo de jogatina em geral. Sendo novidade bem semelhante as campanhas de "Call of Duty", "CoJ" possuí umas 6 ou 7 horas de história, porém mais alguns objetivos extras. Ainda querendo parecer com seu priminho distante, a franquia consegue ser mais evolutiva nesse ponto, e acaba não deixando os jogadores totalmente decepcionados com o tempo de jogatina, ainda sim que poderíamos ter uma maior duração no geral.

Dificuldade Calibrada aos Poucos:

Porém, já uma coisa que se diferencia em cada novo capítulo é a dificuldade dos games. Apesar de nunca ser realmente difícil, a calibragem desta foi-se alterando e melhorando mais a cada novo game lançado. Por exemplo, no primeiro "CoJ" tínhamos uma dificuldade indo para o difícil, porém já em "Bound in Blood" podíamos ver uma calibragem muito melhor trabalhada. Em "The Cartel", tal ponto ficou tosco, já fácil demais, e para a nossa sorte, em "Gunslinger" temos o melhor nível de dificuldade visto na série, que consegue perfeitamente não ser tão difícil, mas também não tão fácil. 

Multiplayer - Divertido e Diferenciado:

Desde do nosso primeiro "Call of Juarez" tínhamos para complementar a diversão um ótimo multiplayer, extremamente diferenciado. Na verdade, não existiam grandes novidades, era mais o que agente já conhecida só que de uma maneira diferente, talvez dada pelo ambiente de faroeste que nos encontrávamos. No primeiro "CoJ" tínhamos 4 modos de jogo: mata-mata clássico, "Skirmish", que era um team deathmatch, porém se você morrer deve esperar até a próxima partida, "Gold Rush", que seria uma partida com o cenário cheio de moedas de ouro, em que você vai recolhendo e confrontando os outros jogadores ao mesmo tempo, sendo que esses também derrubavam moedas, e por último temos o modo "Assault", em que era divididos entre os jogadores de homens da lei, que deviam proteger o dinheiro, e os ladrões, que deviam roubá-lo. 


Eram ao todo 17 mapas e 4 classes de personagens, dentre elas as classes "Gunslinger", "Rifleman", "Miner" e "Sniper". Nos jogos seguintes tínhamos novidades no multiplayer, como novos modos de jogo, mais classes de personagens e diferentes mapas aleatórios. Infelizmente, existiram casos como os de "Bound in Blood", no qual a desenvolvedora não conseguiu um bom sistema de proteção, e em poucas semanas, o modo estava tomado por hackers. Felizmente, este problema não ocorreu no game seguinte. 

O multiplayer realmente é algo muito divertido 
e que amplia o universo da série ainda mais

Call of Juarez - Merecia Notas Melhores:

Com o primeiro game da série "Call of Juarez", pode-se se dizer que mostrava claramente que a produtora tinha altos planos para uma futura franquia, e obviamente não foi diferente. No geral, o primeiro game, lançado em 2006, começou com um pouco de azar, dado pela maioria de notas baixas da crítica. Aqui conhecemos duas histórias interligadas, a de "Billy Candle" e "Reverendo Ray", em que juntos formaram uma intensa luta de gato e rato. Enquanto Billy tentava provar sua inocência contra assassinatos brutais, Ray apenas queria vingar a morte de sua irmã. 

Com um enredo interessante e bem desenvolvido, "Call of Juarez" apresentava a divisão dos gráficos, com um extremo belo trabalho nos cenários, porém expressões faciais que deixavam a desejar. Na jogabilidade tínhamos a maior divisão possível. Grande parte das críticas negativas foram em conta do sistema problemático que era o de "Billy Candle", um dos protagonistas jogáveis. Enquanto "Reverendo Ray" não causava problemas, a jogabilidade com Billy não era fluída, e na grande maioria trazia bugs enormes. Sem falar também na péssima inteligência artificial dos inimigos. Porém, mesmo com todos esses defeitos, o primeiro "CoJ" é um ótimo jogo que ainda sim continua sendo essencial para os fãs do gênero. 

O primeiro "Call of Juarez" realmente merecias notas melhores, 
apesar de tantos defeitos na jogabilidade

Call of Juarez: Bound in Blood - O Favorito!

Se fossemos fazer uma comparação de qual é o jogo favorito dos fãs da franquia, com certeza grande parte iria dizer que seria "Bound in Blood", o segundo game da série. Esse "CoJ" porém mesmo assim não conseguiu convencer a crítica, que ainda insistia em dar baixas notas para o game. Porém, nós, os fãs e jogadores da série sabemos que este é um exemplo de um excelente jogo. Agora aqui a história se passava anos antes dos acontecimentos do game antecessor, mostrando a relação de Ray McCall (O "Reverendo Ray" do 1° game) e seu irmão, Thomas McCall. Podemos ver que eles sempre se davam bem, mas com tantas confusões que se meteram, a relação entre os dois começa a esquentar, e suas próprias vidas estão em jogo. 

Essa de longe é o melhor enredo da série. A profundidade e carisma de ambos os protagonistas é incrível, a relação como irmãos dos dois e suas intrigas ao longo do game são impressionantes. Ou seja, tudo isso gerou o melhor enredo da franquia. Enfim, os gráficos também evoluíram demais, agora as expressões faciais estavam melhoradas (com oportunidade de cutscenes com 'closes' nos rostos dos personagens) e os detalhes dos cenários simplesmente eram impressionantes, que até hoje muitos games não conseguem adquirir o mesmo nível de belo trabalho. A jogabilidade ainda apresentava alguns furos, mas no geral tudo acabou evoluindo, como locomoção, sistema de tiros, duelos, bullet times e muito mais. Ou seja, um game que é muito admirado por diversos jogadores. 

"Bound in Blood" de longe apresenta o melhor enredo da série

Call of Juarez: The Cartel - Sem Palavras!!

Ééé... Um dia tudo acaba na vida!! Chega até ser desconfortável avaliar um game tão horrível igual a "Call of Juarez: The Cartel". Como todos que acompanharam essa análise até agora já sabem, "The Cartel" é de longe o pior game da série, talvez o pior título de 2011 e um dos jogos mais desgraçados e mau trabalhados já existidos. Estou exagerando? Acredite, estou sendo gentil. A história focava em três diferentes protagonistas escalados para prender a gangue intitulada com o nome do próprio game, que são considerado "intocáveis". 

Com um enredo totalmente desinteressante e clichê ao extremo, "The Cartel" é uma onda de defeitos. Gráficos ultrapassados para a época, nova ambientação, agora saindo do velho-oeste e vindo para os dias modernos, com tráficos e drogas, armas, enfim, todos os aspectos que já estamos cansados de ver em dezenas de filmes e séries, mas de maneira desinteressante. Os cenários estão mais coloridos do que deviam, o game possuí três protagonistas, um mais sem sal que o outro e a jogabilidade quase se salva, se não fosse tão sem novidade. Talvez algo que ainda consegue divertir um pouco é o multiplayer. Realmente um jogo de b@$!. 

"Call of Juarez: The Cartel" é um game simplesmente DETESTÁVEL

Call of Juarez: Gunslinger - A Salvação!!

O nosso último jogo foi lançado perto do meio do ano, mas mesmo assim é uma EXTREMA SALVAÇÃO A TODOS NÓS. Depois do horrível "The Cartel", "Gunslinger" chega para falar que a série não se afundou de vez, muito pelo contrário, provou que os desenvolvedores ainda entendem o que os fãs querem realmente. O enredo do game conta a trajetória de grande parte da vida de Silas Greaves, um caçador de recompensas que depois de anos passou a ser considerado como uma lenda, quase maior que os próprios Billy the Kid e Jesse James. Silas volta a uma de suas cidades mais conflituosas após já "aposentado" e agora conta suas histórias para um grupo de pessoas em um bar. Mas a questão é: são realmente todas as suas histórias verdadeiras?

"Gunslinger" é realmente uma salvação, pois trás uma história muito interessante, cheia de reviravoltas, conflitos, pactos de vingança e descobertas ao longo do caminho, e para completar um protagonista extremamente 'badass'. Os gráficos estão cartoonizados, algo diferenciado na série, e ao contrário do game antecessor, os cenários estão cativantes e muito bonitos. A jogabilidade está muito bem calibrada, com um bom sistema de tiro e uma locomoção bastante melhorada. Talvez algo que fique devendo um pouco seja a falta do modo multiplayer, mas também, devemos dar um desconto pelo preço baratíssimo a qual o jogo foi vendido, e também por ser apenas uma cópia digital e não ter versão física. 

"Call of Juarez: Gunslinger", o jogo que conseguiu salvar a franquia

Resultado Final:

Chegando ao nosso resultado final, é óbvio que temos opiniões positivas quanto a série. Se você é fã de faroeste e nunca jogou nenhum dos games da franquia, pode começar agora, pois você não se arrependerá. Isso eu digo pois na grande maioria os enredos envolvem assuntos essenciais sobre o velho-oeste, principalmente como o 'acerto de contas'. Mas também, por outro lado, se você é fã de FPS's como "CoD" ou "Battlefield", talvez você também goste de "Call of Juarez", pois são jogos com quase o mesmo gênero, apenas as ambientações distintas. Realmente uma saga que vale a pena ser jogada de perto (menos "The Cartel", esse você compre e toque fogo depois). 

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Call of Juarez
PC / Xbox 360
Setembro de 2006

Call of Juarez é um jogo de computador em primeira pessoa publicado pela Ubisoft, pela Techland e pela NVIDIA. Originalmente lançado apenas para PC em setembro e outubro de 2006, o game também saiu para Xbox 360 em junho de 2007. O jogo não tem versões para Playstation 3 ou outras plataformas. 

Enredo: A história se interliga entre Billy Candle e "Reverendo Ray". Enquanto Billy encontra sua mãe brutalmente assassinada, e todos pensam que ele mesmo o fez, Ray jura a si mesmo, que com uma pistola em uma mão e uma bíblia na outra, irá vingar a morte a mulher, por uma motivo desconhecido, custe o que custar. 

Nota: 8,0

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Call of Juarez: Bound in Blood
Playstation 3 / Xbox 360 / PC
Julho de 2009

"Call of Juarez: Bound in Blood" é um jogo desenvolvido Techland e publicado pela Ubisoft. Possuí gênero de tiro em primeira-pessoa e foi lançado para PC, Xbox 360 e agora também para Playstation 3, nos meses de junho e julho de 2009. O título usa o motor Chrome Engine 4. 

Enredo: A história começa com os dois irmãos, Ray e Thomas McCall, apontando armas um para os outros. Nesse mesmo momento, o irmão mais novo deles, também presente na cena, afirma que um dia eles já foram uma família. O game volta dois anos antes daquele evento, e mostra ambos os irmãos na Guerra Civil, em que foram obrigados a abandonar seus postos para ver se a sua mãe estava viva. Para o azar deles, ela estava morta, a sua casa em chamas e eram considerados desertores. Os irmãos acabam indo para o México atrás do "Tesouro Perdido de Cortez", mas lá conhecem uma linda donzela, a qual ambos se apaixonam, ao mesmo tempo que enfrentam o marido da moça, o maior criminoso do país, "Juan 'Juarez' Mendonza". A partir daí, uma novela mexicana se iniciará e a vida de todos está em jogo. 

Nota: 9,2

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Call of Juarez: The Cartel
Playstation 3 / Xbox 360 / PC
Julho de 2011

"Call of Juarez" é um jogo desenvolvido pela Techland e desenvolvimento Ubisoft. Possuí gênero de tiro em primeira pessoa e foi lançado para Playstation 3, Xbox 360 e PC, sendo vendido em julho e outubro de 2011. O jogo usa o motor Chrome Engine 5. 

Enredo: O game conta a situação de três personagens e sua busca para prender o maior gangue de tráfico do estado, os conhecidos como "The Cartel". A busca conta com o agente da DEA Ed Guerra, a agente do FBI  Kimberly Evans e o detetive Ben McCall. Juntos eles farão de tudo para prender esse grupo de criminosos.

Nota: 4,0

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Call of Juarez: Gunslinger
Playstation Network / Xbox Live / PC
Maio de 2013

"Call of Juarez: Gunslinger" é um jogo desenvolvido pela Techland e publicado pela Ubisoft. Possuí gênero de tiro em primeira pessoa e foi lançado para Playstation Network, Xbox Live e PC, sendo vendido apenas em formato digital. O game ainda usa o motor Chrome Engine 5. 

Enredo: O game começa com Silas Greaves, um caçador de recompensas aposentado, chegando na cidade de Abilene, no Kansas. O homem entra dentro de um bar, e em troca de bebidas grátis, conta suas principais aventuras para as pessoas que ali se encontram. Porém, após tantos fatos considerados impossíveis, o grupo começa a se perguntar se aqueles histórias eram realmente verdadeiras. 

Nota: 9,0

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~Lolo GM

13 comentários:

  1. Estão de parabéns, ótimo trabalho.
    Sou grande fã da série e gostei bastante da resenha.
    Abraços.

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    1. Muito obrigado amigo, são as suas opiniões que nós levamos em extrema consideração!! Grande abraçoo!!!!!!!

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  2. gostei muito da resenha!! parabéns!!
    mas uma pergunta, a saga vai continuar?

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    1. Muito obrigado!
      Em relação a sua pergunta, é bem provável que eles não parem de lançar jogos da série, até o momento...

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  3. Nossa, gostei dessa matéria, e gostei muito do blog, estava procurando algo assim. Continue com esse trabalho que é fantástico. Agora posso saber mais sobre os jogos que quero jogar graças a você :D

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    1. Ficamos felizes que você gostou do resultado, mesmo esta sendo uma das nossas análises antigas. Confira diariamente novas reviews, guia de troféus e lançamentos do mês ;)

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  4. muito bom, valeu, aqui encontrei tudo q queria saber, e tirei minhas duvidas, muito obrigado.

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  5. desgraça de game.........não salva

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  6. Excelente trabalho!! Estava em duvida de qual deles jogar. Aqui conseguir esclarecer todas minhas dúvidas. Parabéns !!!!

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  7. Ola, estou comprando o 2 e o 3, o primeiro não tem pra PS3, ele fara falta para historia? Parabens pela postagem.

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    1. Eu diria que não, uma outra opção plausível seria baixar um emulador, caso você já não tenha encontrado uma solução.

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  8. Me ajudou muito.
    O ruim que não tem o primeiro jogo para PS3 😪

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