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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Análise Divinity: Original Sin

Análise Divinity: Original Sin

"Divinity: Original Sin" é um game indie de gênero RPG (role-playing game), desenvolvido pela Larian Studios. O jogo foi lançado dia 30 de junho de 2014, com versões exclusivas para PC. O game foi feito através de fundos e doações na Kickstarter, arrecadando em torno de 1 milhão de dólares. Na verdade, o jogo trate-se de um 'prequel' de "Divine Divinity", lançado em 2002. 

Info:

O game foca-se em 2 protagonistas customizáveis. Originalmente, temos um guerreiro libertado de suas correntes e uma feiticeira que voltou à vida. Ambos os chamados "Heróis", seguem as profissões de 'source hunters', tratando-se de caçar criaturas que possuem desta magia, na qual faz com que seus praticantes passem para o lado do mau. 

Um dia, eles recebem a tarefa de navegar até um assassinato, causado pela magia que ambos caçam. Primeiramente, trata-se apenas de mais um trabalho, porém os heróis acabam percebendo que existe um mau muito maior dentro de toda aquela situação, e eles são os únicos que podem detê-lo. 

Enredo Melhor do que Parece:

Quando se lê uma sinopse de "Divinity", automaticamente a maioria das pessoas pode pensar que o jogo não possuí uma história altamente intrigante, algo que é uma das melhores características de games do gênero. Porém, o jogo indie mostra mais do que aparenta. O enredo do título é realmente bom, e faz jus ao universo RPG.

Isso pode ser duvidoso, também pelo fato do game envolver uma mistura de jogabilidade, com o single-player, e o multi-player co-op ao mesmo tempo. Mas, novamente eu afirmo, o enredo de "Divinity" irá lhe agradar mais do que aparenta. Aliás, vale lembrar que isso não se atribuí apenas à campanha principal do game. Várias outras quests possuem desenvolvimentos interessantíssimos. 

Análise Divinity: Original Sin
O enredo principal de "Divinity" é melhor do que aparenta!!

Gráficos Lindíssimos:

A arrecadação de 1 milhão de reais para o projeto de "Divinity" valeu a pena, pelo menos se formos compará-lo à parte técnica do game. Basicamente, o gráfico é tão lindo que nem se parece um jogo indie, confirmando mais uma vez que games do gênero estão cada vez mais ganhando destaque no mundo dos jogos. 

O jogo em si possuí pouquíssimas cutescenes, portanto a característica gráfica não chega a se derivar neste ponto. Aonde ela realmente impressiona, é no 'gameplay' como um todo. Os detalhes de cada caverna, cidades, florestas, minas e etc, são de cair o queixo. Ainda mais quando lembramos que o game trate-se de uma produção indie e RPG. 

Análise Divinity: Original Sin
Os gráficos do game são de cair o queixo, ainda mais 
quando lembramos que trata-se de um jogo indie e RPG

Jogabilidade Boa, Porém com Certos Problemas:

A jogabilidade do game é inspirada evidentemente em conhecidos jogos 'free-to-play', como o famoso "League of Legends". Trata-se da câmera posicionada acima dos jogadores, e cada movimento sendo representado por um clique no mouse. No combate, o jogo é baseado em ações por turnos, visto bastante em games do gênero, como "Final Fantasy" e o recente "South Park: The Stick of Truth". 

Porém, apesar de bem simples e já conhecida, a jogabilidade de "Divinity" possuí certos problemas. Como melhor exemplo, temos o caso de controles não muito precisos. No jogo, dependemos de 'action points', que na tradução, seriam pontos de ação. 

Basicamente, nós dependemos desses pontos para executar a maioria das ações, e o jogo peca no momento que faz com que desperdicemos os nossos sagrados 'points'. Isso acontece em situações que ocorrem cliques acidentais, e você perde a maioria dos seus 'action points' que iria usar em outra situação. 

Análise Divinity: Original Sin
A jogabilidade do game é boa, porém controles 
imprecisos podem atrapalhar a diversão

Escolha Tudo, Inclusive a sua Personalidade:

Assim como já é de se esperar em games de RPG, o jogo lhe dá a oportunidade de criar o seu próprio personagem. E isso, "Divinity" consegue fazer de forma magnífica. Claro, iniciando temos todas aquelas já conhecidas características para modificação, como cabelo, barba, nariz, boca, sobrancelha e etc. Mas, é no momento que o game apresenta uma característica em especial que tudo fica diferente: a própria personalidade. 

Basicamente, você pode escolher se quer que o seu personagem seja do bem, do mau, bem-humorado com as situações, mau-humorado com as situações, que dificilmente entra em discussões, ou que faz questão de ver o circo pegar fogo. Mas o mais legal, é que independentemente das escolhas que você fizer para a personalidade do seu caráter, serão afetivas em quase toda a jogatina, em diversos momentos. Uma ótima estratégia do game. 

Análise Divinity: Original Sin
A criação do personagem em "Divinity" é muito boa, principalmente quando 
chegamos na aba de personalidades, que afetaram toda a jogatina

Mundo Extenso:

O mundo geral de "Divinity" é muito grande. Se você for jogar sozinho, provavelmente acabará percebendo maia ainda esta característica. Basicamente, existem diversas florestas, cavernas, cidades, e todas as outras localizações já existentes em outros games de RPG. Claro, o mapa não chega a ser algo do tamanho de um Skyrim, mas para um jogo feito por doações na Kickstarter, o mundo à nossa volta pode ser considerado gigantesco. 

Ambientação Lindíssima:

Como já foi dito, o mapa de "Divinity" é realmente grande, e o nível gráfico do jogo impressiona por ser um título feito através de doações. Mas, ficamos mais ainda de queixo caído quando paramos para perceber o tamanho detalhe que o mundo à nossa volta possuí. As plantas, árvores, madeiras, chuvas, ventos, TUDO é representado de maneira bem feita no game. Ainda mais quando acompanhando tudo isso, temos um dos gráficos mais bonitos de games RPG. 

Análise Divinity: Original Sin
Alguns exemplos das diferentes localizações de "Divinity" 
e seus respectivos detalhes gráficos

Alta Interação com Cenário:

O jogo faz questão de dar a possibilidade de interagirmos com diversos objetos na jogatina. Esse detalhe é sempre bem vindo, apesar de que o jogo não se importa em dar um significado para muitas das interações. Ou seja, diversas coisas que podemos fazer são inúteis, como dormir, comer, e etc... Mesmo assim, só o fato do jogo se preocupar com os mínimos detalhes já é de animar mais ainda. 

Loads Muito Demorados:

Uma das piores características de "Divinity", sem dúvida, são os seus 'loads'. No caso do jogo, as telas de esperas chegam até mesmo à 30 segundos. Como vocês podem imaginar, isso é algo totalmente ultrapassado, pois parece que estamos voltando a um jogo dos anos 90. 

Se a minha lembrança é válida, o último título no mercado que obteve 'loads' tão demorados foi "The Elder Scrolls V: Skyrim", ao menos às suas versões para consoles. Porém, o jogo era, e continua sendo magnífico, e não foram esses 'loads' que o estragaram (aliás, para quem não sabe, 'Skyrim' é um dos games favoritos da equipe do blog, e possuímos imensa paixão pelo título).

Dificuldade Elevada:

A grande maioria de jogos RPG's são títulos bem desafiantes ("Dark Souls" que o diga!). Nessa onda, "Divinity" explora o seu lado 'hardcore', no momento que a dificuldade do jogo é uma das mais elevadas do mercado 'role-playing'. Com isso, cada jogador tem a sua concepção do que pensar desta característica. Alguns gostam de um bom desafio, e irão aproveitar o título até o máximo. Já outros, com certeza odeiam jogos que podem lhes irritar, e e estes devem passar LONGE de "Divinity". 

Excelente Duração:

A duração geral de "Divinity" é gratificante, e faz jus ao pagamento pelo jogo. Resumindo, a campanha principal do game gira em torno de 30 à 50 horas. Mas, se você tem interesse em aproveitar o jogo ao máximo, deveria ir atrás dos 100%. Para isso, serão exigidos nada mais, nada menos, que 80 à 100 horas de jogatina. Literalmente, é toda uma aventura para se jogar, mas que vale o preço que pagamos. 

Resultado Final:

"Divinity" é uma grata surpresa! Apesar de ter obtido 1 milhão de dólares em doações, o jogo pode ser considerado desconhecido no mercado, e merecia uma maior atenção, pois está sendo um dos melhores jogos deste fraco ano de 2014. 

O game possuí um enredo mais interessante do que aparenta, gráficos absolutamente lindíssimos, e uma jogabilidade que apesar de certos problemas nos controles, consegue divertir. Além de tudo, o jogo possuí pouquíssimos defeitos, e que passarão totalmente despercebidos quando jogado com os seus amigos. Basicamente, é uma das melhores experiências deste ano.

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Análise Divinity: Original Sin

Divinity: Original Sin
PC
Junho de 2014

"Divinity: Original Sin" é um game indie de gênero RPG (role-playing game), desenvolvido pela Larian Studios. O jogo foi lançado dia 30 de junho de 2014, com versões exclusivas para PC. O game foi feito através de fundos e doações na Kickstarter, arrecadando em torno de 1 milhão de dólares. Na verdade, o jogo trate-se de um 'prequel' de "Divine Divinity", lançado em 2002.

EnredoO game foca-se em 2 protagonistas customizáveis. Originalmente, temos um guerreiro libertado de suas correntes e uma feiticeira que voltou à vida. Ambos os chamados "Heróis", seguem as profissões de 'source hunters', tratando-se de caçar criaturas que possuem desta magia, na qual faz com que seus praticantes passem para o lado do mau. Um dia, eles recebem a tarefa de navegar até um assassinato, causado pela magia que ambos caçam. Primeiramente, trata-se apenas de mais um trabalho, porém os heróis acabam percebendo que existe um mau muito maior dentro de toda aquela situação, e eles são os únicos que podem detê-lo.

Nota: 9,2

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~Lolo GM

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