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sábado, 31 de outubro de 2015

Análise Tales From the Borderlands


"Tales From the Borderlands" é um spin-off independente da franquia "Borderlands", desenvolvido e publicado pela gloriosa Telltale Games, em parceria com a Gearbox Software e a 2K Games. Foi dividido em 5 episódios, tendo o primeiro lançado em 25 de novembro de 2014 e o último em 20 de outubro de 2015. Possuí versões para Playstation 4, Playstation 3, Xbox One, Xbox 360, PC, Android, iOS e OS X

Info:

O jogo conta com dois protagonistas e suas aventuras, que causaram a junção de ambos em um grande esquema para conquistar o Cofre do Viajante, protegido por um temido monstro. Um deles é Rhys, um humano-ciborgue funcionário da Hyperion, a empresa considerada a "mais maligna de todos os tempos", comandada por Handsome Jack antes de sua morte. Rhys sonha em se tornar diretor chefe e obter o antigo escritório de seu ídolo morto, porém é enganado por seu novo chefe, Hugo Vasquez. Rhys parte em busca de sabotar os novos negócios de Hugo, para conquistar os bens do mesmo e dominar a Hyperion. 

A outra protagonista é Fiona, uma vigarista acompanhada por sua irmã adotiva, Sasha, a sobreviver nas perigosas ruas de Pandora e lucrar através dos empreendimentos dos outros. Sendo auxiliada por seu mentor, Felix, Fiona acaba adentrando nos mesmos negócios de Hugo Vasquez, eventualmente conhecendo Rhys. A história oscila entre o presente e flashbacks que contam a história completa. Atualmente, Rhys e Fiona encontram-se prisioneiros por uma figura misteriosa. 

Enredo Surpreendente, Humorístico e Intrigante:

Todo mundo já sabe: o negócio da Telltale é com enredo! Talvez a empresa que melhor os faça no mercado, o atrativo para novos e antigos jogadores acompanharem seus jogos mais recentes é justamente por essa característica. Com "Tales From the Borderlands", isso não é diferente! A empresa mais uma vez tira proveito de uma franquia já existente, mas dessa vez não se trata de uma adaptação de filmes, séries ou histórias em quadrinhos, mas sim de um próprio vídeo-game. 

A série "Borderlands", que conta com dois títulos principais e um spin-off ("Borderlands: The Pre Sequal") nunca obteve destaque em seu enredo. O contexto à nossa volta, o original cenário de Pandora ou a apresentação de ótimos personagens (como o vilão Handsome Jack) sempre foram atrativos, mas a história nunca foi uma característica marcante da franquia.

Porém, essa tradição foi quebrada com a vinda de "Tales From the Borderlands". Aproveitando o rico contexto que o universo da série trás consigo, a Telltale conseguiu captar a essência humorística dos jogos anteriores, ao mesmo tempo que mostra situações de imenso perigo e as famosas escolhas, um verdadeiro sadomasoquismo para qualquer fã dos jogos da desenvolvedora. Porém, com uma atmosfera muito mais "light" que alguns outros títulos (como "The Walking Dead" ou "Game of Thrones"), "Tales From the Borderlands" irá lhe arrancar sorrisos a cada 2 minutos de jogatina, mas também lhe deixará comovido com acontecimentos surpreendentes que apenas a Telltale sabe manejar tão bem em 5 episódios. 

Com muitas reviravoltas, emoções e sobretudo, muito humor, o enredo de 
"Tales From the Borderlands" é, obviamente, a melhor característica do jogo

Gráficos Clássicos da Franquia:

A Telltale deu sorte na categoria gráfica: sempre abordando gráficos cartunescos ou que passam a sensação de uma pintura (como no caso de "Game of Thrones"), muitos jogadores reclamam da categoria, afirmando que para jogos atuais, o sistema da série está ultrapassado. Na minha opinião, os gráficos não apresentam fatores que atrapalhem a diversão, no caso da Telltale. A empresa sempre tentou trazer a imersão de nos transportarmos para a mídia original do game sendo abordado, e isso eles continuam fazendo bem. 

Mas, em "Tales From Borderlands" eles puderam usufruir de seu longo usado, método cartunesco, até por que, todos os jogos da série "Borderlands" também são assim. Sem apresentar bugs gráficos ou quaisquer problemas do tipo, a empresa calibra bem (mas não inova) sua engine, ao mesmo tempo que deslumbra os fãs da franquia em trazer métodos conhecidos para a jogatina. 

Os gráficos de "Tales From the Borderlands" seguem tanto os sistemas dos jogos 
da Telltale, como se encaixam no contexto dos outros títulos da franquia "Borderlands"

Jogabilidade com Pequenos Acréscimos:

Se no quesito gráfico a Telltale decidiu não mudar em nada, a jogabilidade conseguiu receber alguns pequenos acréscimos. Com uma movimentação simples e uso de ação através do 'point-and-click' (portanto, não vá esperando um FPS semelhante aos jogos anteriores da série "Borderlands"), a Telltale decidiu, no entanto, usufruir MUITO mais do "quick-time-event", alguns muito bem abordados. 

Em outros jogos da desenvolvedora, o uso desse "artefato" não era algo frequente, mas sim em ações como abrir algo pesado, impulsionar força para o personagem e etc... Dessa vez, contudo, esses "quick time events" são MUITO mais frequentes, e exigirão máxima atenção do jogador ao longo da jornada. No episódio final, por exemplo, existirá uma situação no qual a complexidade desse sistema nunca foi tão explorado pela desenvolvedora. Esperamos que ela siga assim em jogos futuros, pois, apesar de tudo, é um método para aumentar a dificuldade. 

Trazendo o sistema clássico de "point-and-click", "Tales From the Borderlands" 
inova ao inserir MUITO mais momentos com quick-time-events

Protagonistas Excelentes:

Como já havia sido comentado, em "Tales From the Borderlands" temos 2 protagonistas: Rhys e Fiona. No presente, ambos já se conhecem e estão juntos sequestrados por uma figura misteriosa. Eles contarão as suas histórias e o que os levaram até ali. O jogo oscila o tempo de jogatina com cada personagem, por sinal, de maneira exemplar, sem nenhum dos dois se sentir deslocado no conhecimento do jogador. 

Rhys e Fiona são, assim como o vasto elenco coadjuvante, personagens incríveis. A facilidade da Telltale em criar esses protagonistas é algo completamente magnífico, que deixa no chinelo muitos outros no mercado de vídeo-games. Ambos são muito diferentes, seja visualmente ou a suas ações durante as várias escolhas que o jogador deverá efetuar, mas nenhum é mais superior que o outro. 

A time-line de ambos possuem situações muito interessantes que farão imediatamente você se esquecer da anterior e focar suas atenções restritamente na atual. São dois ótimos protagonistas, distintos e com ideologias muito diferentes, que causaram problemas em muitas das vezes. 

Rhys e Fiona são dois ótimos protagonistas, muito diferentes 
entre si, mas cada um com a sua interessantíssima time-line pessoal

Melhorando Seu Equipamento:

Outra novidade para uma franquia da Telltale foi o acréscimo de um inventário pessoal ao jogador. Alguns vão se lembrar que títulos como "The Wolf Among Us" ou o próprio "The Walking Dead", os jogadores já poderiam saber o que carregavam consigo. Porém, esse inventário não era acessível a qualquer momento. Essa característica mudou, em parte... Na verdade, a desenvolvedora o explorou melhor. 

Dessa vez, teremos muitas oportunidades de adquirir dinheiro ao longo da jogatina. Após essas ocasiões, existiram momentos que você poderá ter novos items, como uma melhoria para seu veículo, óculos especiais para seus parceiros, um braço ciborgue novo para Rhys ou uma nova roupa para Fiona. Portanto, pela primeira vez na série, dinheiro fará a diferença!


No jogo, você poderá adquirir dinheiro para, 
eventualmente, melhorar seu equipamento

Excelente Trilha Sonora Adaptada:

Assim como um dos jogos episódicos mais comentados de 2015, "Life is Strange", "Tales From the Borderlands" também apresenta uma trilha sonora adaptada excelente. Aqui, no entanto, essas canções são apresentadas aos jogadores em momentos específicos. Cada um dos 5 episódios do game apresentam uma intro mostrando o nome da desenvolvedora, dos responsáveis pelo roteiro, etc... Nesses momentos, contudo, somos apresentados a um total de cinco ótimas músicas ao longo da jogatina. 

Tratando-se das canções, temos: "Busy Earnin" da banda "Jungle" (Episódio 1), "Kiss the Sky" da banda "Shawn Lee's Ping Pong Orchesta" (Episódio 2), "Pieces of People We Love" da banda "The Rapture" (Episódio 3), "To The Top" da banda "Twin Shadow" (Episódio 4), "Retrograde" do cantor James Blake (Episódio 5) e "My Silver Lining" da banda "First Aid Kit" (créditos do Episódio 5). 

Assim como em outros jogos da franquia Borderlands, a música trabalha como um personagem específico na jogatina, e a Telltale soube abordar isso de maneira exemplar. São 5 músicas (com uma extra nos créditos do último episódio) que cativam imediatamente qualquer jogador, que provavelmente correrá para buscar o nome da canção em específico.

Resultado Final:

A Telltale conseguiu mais uma vez! Ao focar no que a empresa sabe fazer de melhor, ou seja, o enredo, "Tales From the Borderlands" trouxe uma história que soube aproveitar do rico universo criado nos jogos anteriores, mas nunca realmente focado. Ao trazer a junção de comédia, drama e ação, a empresa cria uma história com personagens altamente carismáticos, reviravoltas nunca antes previstas e um final arrebatador para a próxima temporada. 

Além de tudo isso, "TFTB" conseguiu trazer singelas melhorias à jogabilidade, aumentando a interação com quick time events e trazendo uma complexidade maior ao sistema de inventário, no qual precisaremos de dinheiro em vários momentos da jogatina. Por fim, a trilha sonora adaptada trabalha como um personagem específico, fazendo com que você vá atrás de todas as canções abordadas no game. É, sem dúvida, um dos melhores jogos do ano, no qual só a Telltale sabe se garantir. 

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Tales From the Borderlands
PS4 / PS3 / Xbox One / Xbox 360 / PC / Android / iOS / OS X
Novembro de 2014 (Ep 1) - Outubro de 2015 (Ep 5)

"Tales From the Borderlands" é um spin-off independente da franquia "Borderlands", desenvolvido e publicado pela gloriosa Telltale Games, em parceria com a Gearbox Software e a 2K Games. Foi dividido em 5 episódios, tendo o primeiro lançado em 25 de novembro de 2014 e o último em 20 de outubro de 2015. Possuí versões para Playstation 4, Playstation 3, Xbox One, Xbox 360, PC, Android, iOS e OS X. 

Enredo: O jogo conta com dois protagonistas e suas aventuras, que causaram a junção de ambos em um grande esquema para conquistar o Cofre do Viajante, protegido por um temido monstro. Um deles é Rhys, um humano-ciborgue funcionário da Hyperion, a empresa considerada a "mais maligna de todos os tempos", comandada por Handsome Jack antes de sua morte. Rhys sonha em se tornar diretor chefe e obter o antigo escritório de seu ídolo morto, porém é enganado por seu novo chefe, Hugo Vasquez. Rhys parte em busca de sabotar os novos negócios de Hugo, para conquistar os bens do mesmo e dominar a Hyperion. A outra protagonista é Fiona, uma vigarista acompanhada por sua irmã adotiva, Sasha, a sobreviver nas perigosas ruas de Pandora e lucrar através dos empreendimentos dos outros. Sendo auxiliada por seu mentor, Felix, Fiona acaba adentrando nos mesmos negócios de Hugo Vasquez, eventualmente conhecendo Rhys. A história oscila entre o presente e flashbacks que contam a história completa. Atualmente, Rhys e Fiona encontram-se prisioneiros por uma figura misteriosa. 

Nota: 9,2

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~Lolo GM

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